Lula diz ver "com certa tristeza" eventual saída do PMDB do governo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou nesta segunda-feira sua "tristeza" perante uma eventual ruptura do PMDB com o governo da presidente Dilma Rousseff.
"Vejo com certa tristeza que o PMDB abandone ou se afaste do governo, mas seus ministros não sairão do governo e Dilma também não quer que eles saiam", declarou Lula em entrevista coletiva concedida a veículos de comunicação internacionais em São Paulo.
O PMDB conta com sete pastas no gabinete da governante, além de cargos estratégicos em empresas estatais.
No entanto, o partido liderado pelo vice-presidente Michel Temer, e ao qual também pertencem os titulares da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, decidirá nesta terça-feira se continua ou não na base do governo.
"Vai acontecer o mesmo que em 2003: o governo construirá uma base parlamentar com o PMDB e teremos uma espécie de coalizão sem que a direção (do partido) esteja de acordo. Não sei se isso é possível, mas acredito que sim", acrescentou Lula.
Apesar de respeitar a decisão e a autonomia interna do PMDB, Lula afirmou que a legenda deve deixar "explícitos" os motivos de sua saída do governo, caso ela se concretize.
"É pela política econômica? Então têm que dizer isso. Se é por coisas específicas, há partes nas quais podemos chegar a um acordo. Sei que ninguém gosta de apoiar um governo quando não está bem na opinião pública", comentou Lula.
"Para alguns é melhor fortalecer o governo. Essa é a obrigação do PT. O PMDB não é um partido único e tem vários pensamentos. Vou conversar com muitas pessoas, inclusive com Temer, para saber qual é a razão", ressaltou o ex-presidente.
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Saema e família convida parentes, amigos e toda a comunidade em geral para assistirem a missa de 03 anos de Saudades que será celebrada na intenção do seu filho Wadson de Oliveira Silva. Conhecido por Bolão. Segue convite : Nenen mãe de Novinho e família também convida na intenção de seu filho: Francisco Cosme de Sousa,mais conhecido por novinho, Anaiza Nunes em nome de Toda família convida para missa em sufrágio da alma de sua querida mãe Aldeniza Nunes ( Didá) .
Neste dia 03 de abril ( Domingo) as 10:00hs da manhã na igreja matriz de Santo Antônio . desde já ficam os agradecimentos a todos os que se fizerem presentes.
STF abre mais dois inquéritos contra Renan Calheiros
O Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou pedido do Ministério Público Federal para desmembrar dois inquéritos que têm como suspeitos o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE). Os dois casos passam a tramitar separados do inquérito inicial.
As duas ações foram desmembradas no último dia 22. Os dois inquéritos ficarão com o ministro Teori Zavascki, porque ele é relator da Operação Lava Jato. O presidente do Senado passa a responder a nove investigações no STF. Em um dos inquéritos serão apuradas supostas irregularidades em contratações na Transpetro e, no outro, um suposto conluio entre Calheiros e Gomes para que uma empresa fosse contratada pela Petrobras.
No último dia 21, o ministro Teori Zavascki havia decidido abrir o sétimo inquérito para investigar Renan Calheiros. O ministro atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República destinado a apurar supostos repasses para Renan Calheiros feitos pelo doleiro Alberto Youssef, um dos delatores do esquema de desvios na Petrobras.
OFERECIMENTO
Em meio a tumulto, OAB protocola novo pedido de impeachment na Câmara
O Salão Verde da Câmara dos Deputados foi palco, na tarde de hoje (28), de manifestações contrárias e favoráveis ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff, com troca de palavras de ordem envolvendo as duas partes. A mobilização foi motivada pelo pedido de impeachmentelaborado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que foi protocolado nesta segunda-feira na Câmara pelo presidente da entidade, Cláudio Lamachia.
Advogados e manifestantes contrários ao pedido entoavam palavras de ordem, como "Não vai ter golpe". Os favoráveis ao afastamento de Dilma respondiam com "Fora, PT". Houve tumulto e empurrra-empurra dos dois lados.
O pedido de afastamento da presidenta Dilma protocolado hoje por Lamachia não aponta um crime de responsabilidade específico, e sim o que o presidente da OAB definiu como “conjunto da obra".
Entre os elementos citados pela OAB no pedido constam o atraso no repasse de recursos para bancos públicos (as chamadas pedaladas fiscais), base do pedido de impeachment em trâmite na Câmara, isenções fiscais para a Fifa no âmbito da Copa do Mundo de 2014; nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro, com o suposto objetivo de lhe conferir foro privilegiado; e acusações feitas na delação do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS).
Lamachia protocolou o documento na secretaria da Mesa Diretora da Câmara. Após o ato, ele defendeu a postura da OAB e disse que o pedido se baseia em “critérios técnicos”. Lamachia afirmou que a Ordem dos Advogados não está defedendo o governo ou a oposição. “A Ordem não se manifesta na linha da política partidária e das paixões ideológicas.”
Ao comentar as manifestações na Câmara, Lamachia destacou que a polarização política está levando a “um clima de ódio”, que é ruim para o país. “Precisamos de serenidade, mas, acima de tudo, precisamos de celeridade das instituições tanto nos processos judiciais quanto nos pedidos em trâmite aqui na Câmara”, acrescentou.
O presidente da OAB evitou entregar o pedido diretamente ao presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmando que este não tem legitimidade para presidir a Câmara por ser réu em processo oriundos da Lava Jato. “Nós entendemos que o presidente da Câmara não tem legitimidade para conduzir o processo e que ele deve se afastar [da presidência]”, afirmou.
No dia 18 deste mês, o Conselho Federal da OAB decidiu apoiar o afastamento de Dilma e optou por apresentar um novo pedido de impeachment, que foi protocolado hoje. O posicionamento da Ordem desagradou a inúmeros de seus membros e a juristas, que divulgaram um manifesto pedindo à instituição que faça uma ampla e direta consulta a seus filiados sobre a entrega do documento.
O manifesto classifica a proposta da OAB de "erro brutal" e diz que "essa decisão, por sua gravidade e consequências, que lembra o erro cometido pela Ordem em 1964, jamais poderia haver sido tomada sem uma ampla consulta aos advogados brasileiros".
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