Confiança do consumidor melhora em agosto, mas continua abaixo da média, diz CNI
A confiança dos consumidores brasileiros melhorou em agosto, de acordo com levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) subiu 0,8% neste mês e chegou a 102 pontos. Com isso, o indicador ficou 3,1% acima do registrado em agosto do ano passado, mas ainda está 6,3% abaixo da média histórica de 108,9 pontos.
Dentre as variáveis que compõem o Inec, as expectativas sobre o comportamento da inflação foram as que mais melhoraram. Em relação a julho, esse indicador subiu 2,7%. Já na comparação com agosto do ano passado, a percepção da população sobre a alta de preços melhorou 13,7%.
As expectativas sobre o emprego também apresentaram variação positiva relevante. Em relação a julho, a melhora foi de 1,4%, enquanto ante agosto de 2015 a alta é de 9,8%. Da mesma forma, as perspectivas dos consumidores em relação à renda pessoal subiram 2,5% na comparação mensal e 2,7% na comparação anual.
Mais otimistas com o emprego e a renda, os entrevistados enxergam sua situação financeira em um patamar 1,1% superior a de julho e 0,9% mais positiva do que em agosto do ano passado. Já o indicador de endividamento ficou apenas 0,1% melhor do que o do mês passado, com melhora de 1,8% em relação ao oitavo mês de 2015.
Mesmo com todos os outros componentes do Inec em trajetória positiva no mês, as expectativas dos consumidores em adquirirem bens de maior valor continuaram piorando em agosto. Ante julho, a variação negativa foi de 1,3%. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a queda é de 2,1%.
Foram entrevistadas 2002 pessoas em 142 municípios entre os 11 e 15 de agosto.
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Presidente da Fecomércio prevê melhoria no mercado de trabalho do RN
O presidente da Fecomercio, Marcelo Queiroz, analisou, nesta sexta-feira (26), a perspectiva de mercado de trabalho no Rio Grande do Norte. Para ele, os números ainda são negativos. No entanto, há uma sinalização de melhora.
“Infelizmente os números do mercado de trabalho continuam ruins no Brasil e no RN, isto é fato. Afinal, considerando os dados mais recentes, até julho nós fechamos 15.679 vagas formais de emprego no RN e nossa taxa de desemprego bateu, no segundo trimestre do ano, em 13,5%, significando dizer que temos 207 mil potiguares sem emprego. Mas, do meu ponto de vista, eles também estão começando a sinalizar no sentido de uma melhora”, analisou.
Queiroz argumentou que, no caso da taxa de desemprego, houve um recuo de 0,8% entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano (a taxa caiu de 14,3% para 13,5%), com a inserção de 12 mil trabalhadores no mercado. Ele frisou que, no caso dos números do Caged de julho, divulgados nesta quinta, 25, e que refletem o mercado formal, aquele com carteira assinada, também houve uma leve melhora. “Primeiro porque, em julho, tivemos praticamente uma estabilidade no emprego formal no RN”, apontou.
O presidente da Fecomércio destacou que o saldo entre admissões e demissões foi positivo, de duas vagas. “Em julho do ano passado, por exemplo, este saldo havia ficado em -1.246 vagas. No caso do setor de Comércio e Serviços, também registramos um indicador positivo especificamente em julho. No setor de Comércio, o saldo do mês, este ano, foi positivo em 113, contra um saldo negativo de 377 postos em julho de 2015. No caso do setor de Serviços, em julho de 2016 o saldo ainda foi negativo (-211 vagas), mas com uma melhora considerável sobre o número de julho de 2015, quando registramos -610 postos formais”, sublinhou.
Para Marcelo Queiroz, há uma retomada da esperança de que as coisas podem melhorar, inclusive com crescimento acima de 1,5% para o próximo ano. “Temos, ainda, a inflação começando a arrefecer, sinalizações de queda de juros, além da retomada de investimentos públicos. O setor privado também começa a se movimentar. Vou citar dois casos, emblemáticos, especificamente aqui no RN e do nosso setor de Comércio. O primeiro é da rede de supermercado Queiroz, do empresário Jair Queiroz, de Mossoró. Ele está dando início às obras de uma unidade de sua rede no município de São Gonçalo do Amarante, região Metropolitana de Natal. Será um investimento da ordem de R$ 26 milhões, com abertura de 250 empregos diretos”, citou.
Elke lembrou ainda que o grupo francês Leroy Merlin” está investindo mais de R$ 100 milhões em uma loja na Grande Natal, gerando cerca de 300 empregos diretos. Temos outros exemplos de empresários que começam a tirar seus planos da gaveta. Este sentimento e esta motivação começam se refletir nos números. E isto é positivo!”, finalizou.
Detran/RN se prepara para adotar placa veicular padrão Mercosul
A partir de 1º de janeiro de 2017, carros e motos novos passarão a receber placas padrão países membros do Mercosul, de acordo com resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O mesmo valerá para carros que estejam sendo transferidos de município ou que precisem repor as placas. Todos os veículos que circulam em território brasileiro deverão ter trocado as placas atuais pelas novas até 31 de dezembro de 2020.
A placa padrão Mercosul é um dos temas do 54º Encontro Nacional dos Detrans, que está acontecendo em Pernambuco e do qual participa o Detran/RN, representado pelo diretor-geral, Marco Medeiros, juntamente com a equipe técnica dos setores administrativo e de registro de veículos, além da procuradoria jurídica do órgão.
Para o diretor Marco Medeiros, a reunião entre os órgãos de trânsito de todo o Brasil é um momento importante para o intercâmbio de experiências e ações. “Além da chance de debater assuntos que visam sobremaneira a melhoria do trânsito, é também uma oportunidade para avaliar o trabalho feito em todo o território nacional, apresentar novas ideias e sugestões”, avalia o diretor.
Marcos Medeiros explica que a participação no Encontro, que reúne diretores e técnicos dos 27 Departamentos de Trânsito de todo Brasil, é muito importante. “O Detran/RN e representantes das nossas coordenadorias estão aqui para agregar conhecimento nas áreas em debate, temos uma oportunidade de tratar sobre temas específicos para cada gestão e ainda problemas comuns enfrentados pelos estados. Por isso, a representação de todos os Detrans e seus técnicos se faz necessária”, conta o diretor.
Entre os temas discutidos no evento também estão problemas e estratégias no uso de simuladores nos testes de direção; a exigência e o índice de reprovação no exame toxicológico para motoristas profissionais; a implantação da escola de trânsito, para que o tema seja inserido na grade curricular do ensino fundamental; e os Conselhos Estaduais de Trânsito.
No Encontro, também foi debatida a regularização das Cinquentinhas e o cumprimento da Resolução 599 de 24/05/2016, que altera o modelo de CRV/CRLV.
Receita Federal aponta desvios sobre Instituto Lula
A Receita Federal decidiu suspender a isenção tributária do Instituto Lula do período de 2011 a 2014 por “desvios de finalidade” e cobrar imposto de renda e contribuições sociais, além de multa milionária.
O fisco encerrou a investigação aberta em dezembro do ano passado sobre a entidade, fundada em 2011 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Um comunicado será enviado ao instituto nesta semana informando das cobranças.
Dilma Rousseff prestará, hoje, depoimento ao Senado
Após mais de 12 horas de depoimentos neste sábado (27), foi concluída a fase de oitivas das testemunhas de defesa e de acusação do julgamento do processo de impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff. O último a depor nesta fase foi o professor de direito tributário da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) Ricardo Lodi Ribeiro, que falou como informante.
Lodi foi questionado por 13 dos 81 senadores, além do advogado de defesa José Eduardo Cardozo e da acusação Janaina Paschoal. Na avaliação de Lodi, os decretos editados pela presidenta em julho e agosto de 2015 não eram considerados infração até aquela data pelo Tribunal de Contas da União, que só em outubro mudou seu entendimento. “Não entro no mérito dessa mudança ser positiva ou negativa. Naquela momento em que foram editados os decretos, esse entendimento não existia”, disse.
Ao ser questionado pelo senador Magno Malto (PR-ES), que Dilma teria alterado a meta e “limpado a cena do crime”, Lodi disse que não houve crime então, “não houve limpeza de cena”. O depoimento de Lodi durou cerca de três horas e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e dos trabalhos, Ricardo Lewandoswski pediu, no início do depoimento, para que o professor se limitasse a responder às perguntas sobre o aspecto técnico e não se manifestasse politicamente. Hoje também foi ouvido o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, que respondeu às perguntas dos senadores por mais de oito horas.
Sessão convocada
Ao término dos trabalhos, o Lewandoswski convocou a continuidade da sessão de julgamento do processo de impeachment para segunda-feira (29), quando a presidente afastada Dilma Rousseff fará sua defesa pessoalmente no plenário do Senado. Dilma terá 30 minutos iniciais, que poderá ser prorrogado por mais 30, e cada senador poderá fazer questionamentos por até cinco minutos, as quais Dilma poderá responder, ou não, e utilizar para isso o tempo que julgar necessário.
Até o momento já se inscreveram para questionar Dilma 47 dos 81 senadores. A presidenta afastada estará acompanhada de cerca de 30 pessoas, entre ex-ministros, presidentes de partidos aliados, assessores e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Neste domingo, às 11h, os defensores doimpeachment vão se reunir no Senado para traçar estratégias sobre os questionamentos que farão a Dilma e os próximos passos do processo. Aliados de Dilma também terão reuniões neste domingo com a presidenta afastada, mas no Palácio do Alvorada, para se preparar para a sessão de segunda-feira.
Mais de 35% dos atletas da Paralimpíada são vítimas de acidentes
Dos 285 atletas brasileiros que participarão dos Jogos Paralímpicos no Rio de Janeiro 2016, 101 (35,4%) sofreram algum tipo de acidente, seja de carro, moto, com arma de fogo ou de trabalho. Os dados são de um levantamento feito pela Agência Brasil com base em informações fornecidas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro.
Entre os acidentados, grande parte (49) é vítima de acidente de trânsito (carro, moto ou atropelamento). Outros 12 atletas têm sequelas de lesões feitas por armas de fogo, seja em acidentes ou assaltos. Nove ficaram paralisados depois de acidentes em mar ou piscina e seis sofreram acidentes de trabalho. Também há atletas que sofreram outros tipos de acidentes, como quedas, acidentes esportivos e até ferimento por ataque de cachorro.
Um dos casos de atletas acidentados é o do ex-goleiro do São Paulo Futebol Clube Bruno Landgraf, atleta da vela adaptada, que chegou a vestir a camisa da Seleção Brasileira de futebol nas equipes Sub-17 e Sub-20. Em 2006, o jogador sofreu um acidente de carro na Rodovia Régis Bittencourt, em São Paulo, e teve um deslocamento na coluna, que o deixou tetraplégico. O judoca Harley Arruda, que ganhou medalha de bronze nos dois últimos jogos Parapan-Americanos, perdeu a visão dos dois olhos em 1999, em um acidente com arma de fogo.
Outros 89 atletas paralímpicos brasileiros têm algum problema congênito que causou deficiências como cegueira ou má formação de membros. É o caso da multimedalhista do atletismo Terezinha Guilhermina, que nasceu com retinose pigmentar, uma doença congênita que provoca a perda gradual da visão.
Também há na delegação brasileira 67 atletas que tiveram alguma doença que deixaram sequelas, como a poliomielite, que afetou 13 atletas. Um deles é o nadador André Brasil, que teve poliomielite aos três meses de idade, por causa de uma reação à vacina, o que deixou uma sequela na perna esquerda.
Entre os atletas paralímpicos brasileiros também há 28 que tiveram paralisia cerebral por causa de complicações no parto. Este é o caso da maioria dos atletas da seleção de Futebol de 7, que é uma modalidade específica para atletas com paralisia cerebral.
Dos 24 atletas do vôlei sentado que vão participar da Paralimpíada, 16 têm sequelas de acidentes, a maioria acidentes de trânsito. Na opinião do presidente da Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes, Amauri Ribeiro, o esporte é a melhor ferramenta para garantir a reinserção dos deficientes físicos, especialmente no caso de acidentados. Para ele, mesmo que a pessoa não se torne um atleta, a prática de esporte é fundamental para o resgate da autoestima.
“O que eu testemunhei nesses meus 12 anos de trabalho com eles é que o esporte, principalmente no caso do vôlei, foi a melhor ferramenta de reinserção dessas pessoas a um convívio normal após o acidente, em função de o esporte ser uma ferramenta que acelera bastante a recuperação dessas pessoas. Então, elas vêm a praticar o esporte, colocam uma prótese, voltam a trabalhar, a estudar. Isso é uma coisa que acompanhamos em vários atletas que tiveram esse tipo de problema com acidentes”, disse.
Neste ano, o Brasil terá a maior delegação da história do país em Jogos Paralímpicos. Serão 285 atletas, sendo 185 homens e 100 mulheres, além de 23 acompanhantes (atletas-guia, calheiros e goleiros), e 195 profissionais técnicos, administrativos e de saúde.
Os Jogos Paralímpicos 2016 serão transmitidos pela TV Brasil, em parceria com emissoras da Rede Pública de Televisão dos estados. O evento, que ocorre de 7 a 18 de setembro, terá a presença de 4.350 atletas de 160 países, competindo em 22 modalidades.
A cerimônia de abertura está marcada para o dia 7 de setembro.
Duas pessoas são baleadas em carreata de Rosalba
Duas pessoas foram baleadas na noite deste domingo (28), na carreata da ex-governadora Rosalba Ciralini, no bairro Lagoa do Mato em Mossoró, região Oeste do Rio Grande do Norte. Segundo informações, um homem em uma motocicleta ainda não identificada, realizou alguns disparos em direção a várias pessoas que estavam na carreata. Uma mulher e um homem ainda não identificados, foram alvejados na região das pernas pelos disparos.
Os dois foram socorridos por populares para UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Belo Horizonte. As informações foram repassadas pela Central de Operações da Polícia Militar (Copom). Após o acontecimento, o paredaço continuou e terminou alguns minutos depois na Praça Raimundo Rubira. O portal entrou em contato com a assessoria de Rosalba Ciarlini, mas não obteve resposta até o momento.
Mossoró Notícia
Atrás das câmeras, senadores mantêm relacionamento mais amigável
Quem acompanha as sessões do julgamento de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff pela TV nem sempre consegue captar o clima interno entre os senadores no plenário. Acordos entre parlamentares, discussões paralelas e até mesmo momentos de descontração acabam passando despercebidos. O clima de tensão e rivalidade que aparece diante das câmeras não traduz o conjunto das relações entre os senadores, que fora da disputa política, mantêm um relacionamento mais amigável.
Isso ocorre porque a transmissão oficial do julgamento, feita pela TV Senado e retransmitida para outras emissoras, respeita o direito de fala. Ou seja, a imagem é sempre de quem detém o microfone. Na hora do discurso oficial, os senadores vestem personagens que, por vezes, não coincidem com o que são nos bastidores, onde as lentes da TV não alcançam.
Enquanto o público assistia ao depoimento do auditor fiscal Antônio Carlos D’Ávila, no fundo do plenário, o combativo líder da minoria, Lindbergh Farias (PT-RJ), se uniu à uma roda de rivais tucanos, onde deu início a uma longa conversa cheia de risadas com dois dos maiores críticos do governo Dilma, Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
Também não foi possível ouvir pela TV a quantidade de risos que vinham do cafezinho do Senado, espaço restrito ao lado plenário. Enquanto alguns senadores interrogam as testemunhas, é natural que outros deixem o plenário para um pão de queijo com café, ou chá de gengibre, especialidade da casa. Outra realidade escondida é que o plenário fica por mais tempo vazio do que cheio, já que os senadores se ausentam quando não é a vez deles de falar.
Encontros pouco prováveis também ocorrem nas costas das câmeras. Poucos sabem, mas o advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, e os senadores Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Aécio Neves (PSDB-MG), que muitas vezes aparecem nos vídeos se confrontando, são amigos de longa data.
Cardozo já foi deputado federal e conviveu com os colegas na Câmara. Durante um depoimento pouco empolgante de sua própria testemunha, ele preferiu virar sua cadeira de costas para a mesa central e passou quase uma hora dando risadas com os rivais políticos Aécio e Caiado.
As câmeras destacam os bate-bocas, mas escondem as reconciliações. Quando o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), insinuou que teria livrado Gleisi Hoffmann de um indiciamento no STF, uma grande confusão se iniciou. No intervalo para o almoço, alguns tiveram a iniciativa de pedir desculpas. Outros, como o próprio Renan, precisaram de um empurrãozinho do colega Jorge Viana (PT-AC) para entender que haviam passado dos limites. Mais tarde, Renan resolveu dar explicações. Dessa vez, com as câmeras ligadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Revitalização do Rio São Francisco pode custar R$ 30 bilhões
Todas as ações necessárias para a revitalização da Bacia do Rio São Francisco devem demandar um investimento de cerca de R$ 30 bilhões. A estimativa consta do caderno de investimentos do novo plano gestor de recursos hídricos da bacia do rio, que está sendo finalizado este mês pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF).
A discussão em torno da revitalização do Velho Chico tomou impulso na última semana a partir do lançamento do plano Novo Chico. O presidente em exercício Michel Temer assinou decreto que remodela o Programa de Revitalização da Bacia do Rio São Francisco, instituído em 2001 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.
Na último dia 15, a Câmara Técnica do programa fez a primeira reunião e criou grupos de trabalho para detalhar as ações e os custos. Durante o encontro, o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, disse que as intervenções devem custar cerca de R$ 7 bilhões em um período de 10 anos.
A apresentação do plano de ação decenal está previsto para daqui a 90 dias, mas antes desse prazo, já em setembro, o comitê deverá lançar o plano gestor da bacia, que também tem um horizonte de 10 anos. O presidente do comitê, Anivaldo Miranda, acredita que o documento vai antecipar a definição das primeiras decisões do comitê gestor e da câmara técnica.
“Nesse plano, fizemos um diagnóstico e identificamos cenários atuais e futuros para a demanda hídrica até 2035 e definimos também eixos de atuação, metas e prioridades. Vamos oferecer o plano como contribuição. A partir daí, o programa da revitalização poderá economizar tempo e dinheiro e partir para estabelecer quanto será gasto a cada ano.”
Segundo o vice-presidente da CBHSF, Wagner Soares Costa, o novo programa de revitalização cria mecanismos que permitem ter maior controle das ações. “A grande novidade foi a criação do comitê gestor, que vai estabelecer o monitoramento das ações em implantação. Hoje, o que se sabe é que há muitas ações inacabadas e não iniciadas. O que se quer daqui para frente é que a ação comece, se desenvolva e tenha um término com data definida. Com isso, se materializa o resultado esperado da ação.”
Na lista dessas ações anteriores, estão obras de esgotamento sanitário e de abastecimento de água, que somam investimentos de R$ 1,1 bilhão. O plano Novo Chico absorveu essas obras e colocou a estimativa de término delas para 2019.
Segundo o presidente do comitê, os R$ 30 bilhões em investimentos para a recuperação da bacia do São Francisco deverão ser a soma de todos os recursos destinados pelos governos federal, estaduais e municipais e também pela iniciativa privada.
“O programa da revitalização não pode ser entendido como programa do governo federal, mas como programa da União, dos estados da bacia, das prefeituras e inclusive da iniciativa privada. É um novo programa que tem que envolver toda a sociedade, todos os usuários da água e todo o Poder Público num esforço conjunto para vencer esse desafio.”
De acordo com Costa, o levantamento das ações necessárias para a revitalização do Rio São Francisco envolvem, entre outros, a recuperação de áreas degradadas, a recomposição de matas ciliares e a implantação de saneamento básico em todos as cidades que compõem a bacia do rio (são 507, no total).
Além do saneamento, ele aponta que é prioritário recuperar áreas degradadas para que voltem a absorver águas pluviais. Com isso, haveria uma recarga dos lençóis freáticos e a melhora das nascentes. A Bacia do Rio São Francisco envolve os biomas da Caatinga, da Mata Atlântica e do Cerrado. Para o vice-presidente da CBHSF, essa questão faz parte de uma nova visão sobre os recursos naturais.
“Um dos motivos da degradação sempre é a antropização, com a ocupação do solo de maneira desordenada. Para degradar, nós gastamos muito dinheiro. Para recuperar, teremos também que gastar muito dinheiro, pois tivemos uma mudança no sentido econômico do uso dos bens naturais. De 20 anos para cá, essa conscientização veio mais forte e está sendo transformada em ações para que tenhamos os resultados de recuperação.”
Nesse sentido, ele indica que a iniciativa privada, onde estão alguns dos grandes usuários das águas do São Francisco, participem de perto do plano de revitalização do rio.
Conceito
Neste primeiro momento de funcionamento do programa, Anivaldo Miranda alerta para a necessidade de se firmar um conceito de revitalização. Para ele, é preciso tomar cuidado para não confundir oferta com demanda de água.
“Revitalização tem que ser entendida nesse momento como um conjunto de investimentos cujo foco é oferta de água, de melhorar a quantidade e a qualidade da água. É claro que, ao fazer o programa de revitalização, é preciso compatibilizá-lo com outras agendas, como saúde, indústria e economia em geral. São agendas que avançam paralelamente, mas as agendas da revitalização precisam ser conceituadas de forma precisa.”
Dentre as atividades que demandam mais água do rio São Francisco, está a transposição, que vai levar água do Velho Chico para Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte e uma parte de Pernambuco. Para Miranda, a obra é um motivo a mais para acelerar a revitalização, somado a expansão de outros projetos econômicos que vão exigir mais água do rio.
“Os estados que vão se beneficiar com os canais da transposição agora começam a fazer parte da grande família do São Francisco – para o bônus e para o ônus. Isso significa que o programa de revitalização passa a ser de interesse direto desses estados. É um grande motivo para unir todas essas forças para tornar esse programa de fato realidade.”
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