Rio Grande do Norte abre mais de 10,5 mil novos negócios
Entre janeiro e outubro deste ano, o Rio Grande do Norte registrou um acréscimo de 10.597 novas empresas formalizadas como Microempreendedores Individuais (MEI), aqueles empreendimentos cujo faturamento não ultrapassa R$ 60 mil por ano. Com isso, o estado soma 86.861 negócios enquadrados nessa categoria jurídica. Apesar do incremento no quantitativo de novas empresas, o número de formalizações é 12,3% menor que o verificado nos dez primeiros meses do ano passado, quando o foram registradas 11.908 empresas.
Os dados são da Receita Federal e revelam que o número de MEI no estado já representa 60,3% das empresas optantes do Simples Nacional, que hoje conta com 143.902 empresas potiguares optantes desse regime simplificado. “Atualmente, os empreendimentos enquadrados como MEI somam mais da metade das empresas do Simples no RN. Isso já o que demonstra a importância dessa categoria para a nossa economia, assim como os demais negócios de pequeno porte”, analisa o diretor superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo Neto.
De acordo com último estudo ‘Perfil do Microempreendedor Individual’, elaborado pelo Sebrae neste ano com base em dados de 2015, a taxa de crescimento anual de negócios nessa categoria no estado é de 52,1%. De forma geral, o estudo aponta as cinco atividades mais frequentes entre os MEIs são comércio varejista de vestuário e acessórios (10,4% do total), cabeleireiros (7,6%), obras de alvenaria (4,1%), lanchonetes e similares (2,8%) e outras atividades de tratamento de beleza (2,4%). Segundo a pesquisa, o Rio Grande do Norte está entre os três estados com maior taxa de MEI em atividade. O índice de 93%.
Enquadramento
O Microempreendedor Individual é uma figura criada pela Lei Complementar 128/2008, com o principal objetivo de retirar da informalidade os empreendedores que trabalham por conta própria. Os negócios enquadrados como MEI podem ter faturamento bruto de, no máximo, R$ 60 mil ao ano, ter um empregado contratado e deve atuar em uma das mais de 400 atividades permitidas para o segmento. Com a sanção do O Projeto de Lei Complementar (PLP 25/2007), também chamado Crescer sem Medo, no fim do mês passado pelo presidente Michel Temer, o teto anual de faturamento do MEI passará de R$ 60 mil para R$ 81 mil a partir de janeiro de 2018.
Ao se formalizar como Microempreendedor Individual, o empreendimento passa a ter um CNPJ, podendo, assim, emitir de notas fiscais. Fora os benefícios relacionados ao empreendimento, o empresário, mediante pagamento mensal unificado ganha acesso à cobertura previdenciária. O MEI terá como despesas apenas o pagamento mensal, que corresponde a R$ 45,00 (Comércio ou Indústria), R$ 49,00 (prestação de Serviços) ou R$ 50,00 (Comércio e Serviços).
Justiça realizará audiência pública para discutir bloqueio do WhatsApp
Os bloqueios do WhatsApp no Brasil continuam rendendo na Justiça. Nesta sexta-feira (4), o site do STF (Supremo Tribunal Federal) publicou que haverá uma convocação de audiência pública para apurar os detalhes sobre o penúltimo bloqueio do app de mensagens no país, no dia 2 de maio.
No documento assinado pelo relator do processo, o ministro do STF Edson Fachin, respondeu à ação de arguição de descumprimento de preceito fundamental ajuizada pelo PPS (Partido Popular Socialista) contra a decisão do juiz de Lagarto (SE), Marcel Maia Montalvão.
Na época, Montalvão atendeu a uma medida cautelar ingressada pela Polícia Federal, já que o WhatsApp não cumpriu os pedidos da Justiça para quebrar o sigilo das mensagens do aplicativo para fins de investigação sobre crime organizado de tráfico de drogas, na cidade de Lagarto.
Assim, foi determinada a suspensão do WhatsApp por 72 horas como punição à direção da empresa. No entanto, o aplicativo conseguiu uma autorização judicial para reverter a decisão e voltou ao ar no dia seguinte.
O processo sustenta que a decisão do juiz "viola o preceito fundamental da liberdade de comunicação, previsto no art. 5º, IX, da Constituição da
República".
República".
A relação dos participantes da audiência será divulgada no site do Supremo Tribunal Federal. Depois disso, serão divulgadas a data e a metodologia da audiência.
Diz ainda a decisão de Fachin que os participantes da audiência "serão selecionados, entre outros, pelos seguintes critérios: (i) representatividade, especialização técnica e expertise do expositor ou da entidade interessada e (ii) garantia da pluralidade da composição da audiência e dos pontos de vista a serem defendidos".
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Estado deve viabilizar realização de exames mamários em paciente de Pau dos Ferros
O juiz Edilson Chaves de Freitas, do Juizado Especial Cível e Criminal de Pau dos Ferros, determinou que o Estado do Rio Grande do Norte viabilize a realização dos exames requeridos por uma paciente que sofre de prolemas mamários, no prazo máximo de 10 dias, junto a rede pública e na sua falta, custeie a realização do mesmo junto a instituição privada, devendo arcar com todas as despesas.
Foi fixada multa diária no valor de R$ 10 mil, a ser suportada pelo Estado, caso haja descumprimento da liminar concedida, situação em que vislumbra-se claramente a possibilidade de ser determinado o bloqueio de verbas públicas com a finalidade de garantir o cumprimento da decisão judicial. A multa pessoal diária para o Secretário Estadual de Saúde do Estado, caso, não providencie o cumprimento da decisão, é no valor de mil, sem prejuízo de cominações civis e penais.
A paciente ingressou com ação judicial contra o Estado do Rio Grande do Norte para que o Estado do Rio Grande do Norte seja obrigado lhe viabilizar a realização dos exames USG Mamária, PAAF de Mama e Biópsia, conforme especificações do relatório médico anexado aos autos. Ela alegou ainda que não possui condições de pagar os exames, vez que custam R$ 810,00, conforme orçamento também anexado ao processo.
Quando analisou o caso, o magistrado verificou evidenciada a probabilidade do direito alegado, posto que a narrativa fática apoiada em prova documental que acompanha a petição inicial, demonstram que a autora foi diagnosticada com nódulos mamários bilateriais, necessitando realizar exames clínicos reclamados para elucidação etiológica das lesões, conforme prescrição médica.
Para o juiz, transferir para o Poder Judiciário a realização do trabalho “braçal” da Secretaria de Saúde para fins de providenciar os meios necessários para fornecer medicamentos, realizar exames e cirurgias aos pacientes beira ao absurdo. “Impressiona é o fato do poder público em pleno mês de outubro, em que se propaga a luta contra o câncer de mama, permanecer inerte quanto a realização de exames inseridos na política assistencial de saúde à mulher, os quais visam elucidar o quadro clínico da autora”, comentou.
Processo nº 0102677-87.2016.8.20.0108
Australiano pede indenização na Justiça por memes ridicularizando seu cabelo
- Imagem viralizou nas redes sociais, gerando diversos memes
Os memes - imagens que viralizam nas redes sociais, geralmente engraçadas - estão por toda parte. E, além de muito criativos e por vezes completamente aleatórios, podem ser um pouco maliciosos.
Mas será que você pode processar alguém caso não aprove a forma como é retratado ao "estrelar" um meme? Um adolescente australiano acredita que sim.
Uma foto de Ali Ziggi Mosslmani - Ziggy para os mais próximos -, tirada na festa de aniversário de 18 anos de seu amigo Paul Behman, viralizou nas redes sociais no ano passado após ser postada no Facebook por um fotógrafo contratado para o evento.
O motivo? Seu corte de cabelo. O adolescente aparece na foto dançando e ostentando um mullet - cabelo curto nas laterais e longo atrás -, estilo que era moda nos anos 70 e 80, mas não é muito popular entre a geração dele.
O motivo? Seu corte de cabelo. O adolescente aparece na foto dançando e ostentando um mullet - cabelo curto nas laterais e longo atrás -, estilo que era moda nos anos 70 e 80, mas não é muito popular entre a geração dele.
Desde então, a foto gerou mais de 10 mil reações e 11 mil comentários no Facebook, além de diversos memes.
Ziggy não achou graça da repercussão e reagiu. Ele está processando os veículos de imprensa Daily Telegraph, Daily Mail e Australian Radio Network por difamação, argumentando que a ampla cobertura dos memes o retratou como alguém "terrivelmente feio", sujeitando-o ao ridículo.
Curiosamente, um dos fãs dos memes é Paul Behman, o aniversariante da noite fatídica.
Ele disse à BBC que seu meme favorito é o "pin the mullet", em que um homem vendado aparece tentando colocar o mullet em um cartaz com a cabeça de Ziggy, uma referência à brincadeira pin the tail on the donkey ("pregue o rabo do burro", em português).
"Os memes são engraçados. Mas eu sou amigo dele, então não posso deixá-lo chateado", acrescentou Behman.
"A foto foi tirada na minha festa de aniversário. Foi completamente inesperado... Em 20 minutos, a foto viralizou. Acho engraçada tamanha mobilização", explicou.
"A foto foi tirada na minha festa de aniversário. Foi completamente inesperado... Em 20 minutos, a foto viralizou. Acho engraçada tamanha mobilização", explicou.
Apesar de gostar dos memes, Behman diz que apoia o direito de Ziggy de ir à Justiça.
"Se ele pode, com sucesso, processar a imprensa, então por que não!", afirma.
E será que os advogados de Ziggy terão sucesso?
Em um julgamento preliminar, o juiz Judith Gibson, do tribunal distrital, rejeitou a queixa de que o adolescente tinha sido retratado como feio, dizendo que "seu corte de cabelo (é que) foi criticado como ridículo".
"A foto precisa ser analisada no contexto em que foi manipulada no Photoshop - mostrando ele no monte Rushmore, em uma nota de dólar, como um cavalo... E em nenhuma delas há sugestão de feiura física por parte do autor, muito menos "terrível feiura", disse o magistrado.
O caso deve ser julgado em 17 de novembro.
O fotógrafo Jeremy Nool, que postou a foto, não conhece Ziggy pessoalmente, mas conversou com a BBC sobre o episódio.
"Foi muito louco, inacreditável", afirmou.
Mas, diante da reação de Ziggy, será que Nool se sente culpado?
"De certa forma, eu me sinto um pouco culpado devido ao sentimento que isso gerou, mas foi o clique perfeito, na hora certa. Foi o grande destaque em comparação com as outras fotos do álbum."
"Todos os convidados estavam cientes que eu era fotógrafo", explicou.
Paul Behman disse à BBC, por sua vez, que Ziggy não está preocupado com o que estranhos pensam dele.
"Ele realmente não se importa com pessoas que ele não conhece e estão rindo do seu penteado, mas fica chateado quando pessoas próximas se divertem com isso."
Apesar de toda repercussão, Ziggy não deve mudar seu corte de cabelo tão cedo.
"Ele tem esse penteado há mais de quatro anos, acho que vai manter ", disse o amigo.
A BBC tentou falar com Ziggy, mas não obteve sucesso.
Governo federal vai retomar obras paralisadas e prevê investir R$ 2 bilhões na infraestrutura
O governo federal pretende retomar até junho do ano que vem 1.120 obras que estão paralisadas em todo o país. A meta é que 721 delas já sejam reiniciadas em até 90 dias.
Cada projeto custa de R$ 500 mil a R$ 10 milhões e a lista inclui projetos de saneamento, creches e até reformas em aeroportos. O presidente Michel Temer decidiu nesta segunda-feira, 7, em reunião com ministros, a lista de empreendimentos que serão retomados, que somam R$ 2,073 bilhões. O governo garantiu que dará prioridade ao pagamento dessas obras no orçamento de 2017. “Há disponibilidade orçamentária e financeira”, garantiu o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Apesar de tentar criar uma agenda positiva, o levantamento das obras inacabadas está com o cronograma atrasado. No fim de julho, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira deu o prazo de 30 dias para que o governo apresentasse a lista com os empreendimentos prioritários. Além do atraso no executivo, a comissão do Senado que discutirá a retomada das obras foi instalada depois de muitos atrasos e dificuldade de indicação de nomes para compor o colegiado.
Somente na semana passada é que ficou definido que a comissão será instalada nesta semana e que terá como presidente o tucano Ataídes Oliveira (TO) e como relator o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE).
Além de atender a deputados e senadores, que têm feito o pleito para a retomada de ações em suas bases eleitorais, a agenda de colocar para andar as obras interrompidas é um pleito antigo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e foi um dos principais acordos que o peemedebista fechou com o presidente Temer durante o processo de impeachment. A promessa atraiu muitos senadores e definiu votos para o afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff.
Obras
As obras selecionadas estão em 1.071 municípios em todos os Estados e no Distrito Federal, o que poderá gerar até 45 mil empregos. A lista com os empreendimentos a serem retomados era aguardada para agosto, mas a decisão só saiu agora.
O programa prevê reformas nos aeroportos, de Ilhéus (BA), Marabá (PA) e Londrina (PR). De acordo com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, serão permitidas mudanças nos projetos originais das obras, mas haverá readequação no valor a ser pago. Além disso, o governo vai adiantar o repasse de 5% do valor da obra para incentivar as construtoras – o saque será feito após a execução da obra.
Outra novidade é o estabelecimento de prazos máximos para a execução dos empreendimentos – entre 30 junho e 30 de dezembro de 2018, a depender do estágio da obra – e haverá punições para as empresas que não entregarem na data estabelecida.
O presidente disse ainda que a retomada das inaugura o chamado governo digital, em que a sociedade poderá acompanhar o andamento das obras pelo aplicativo “Desenvolve, Brasil”. O aplicativo estará disponível para ser baixado a partir de segunda-feira.
Eleitores que acreditaram em mudança com Obama agora querem Trump
- Justin T. Gellerson/The New York TimesSusanne Murphy votou em Obama duas vezes e agora apoia Donald Trump
Não demorou muito para Jack Morris se arrepender de ter votado no presidente Barack Obama. Alguns meses depois que Morris, um antigo republicano, votou pela primeira vez em um democrata, em 2008, soube que a empresa de tapetes em que ele trabalhava pretendia demitir 36 pessoas na Pensilvânia e mudar seu emprego para Maryland.
Ele foi para casa e lamentou a sua mulher que tinha feito um grande erro ao acreditar na mensagem de esperança e mudança de Obama. O presidente estava no cargo havia menos de seis meses e a decepção que pintaria os oito anos seguintes para Morris já se instalava.
"Eu simplesmente disse a minha mulher: 'Me f... Nunca deveria ter votado nele'", disse Morris, 46, que hoje apoia Donald Trump. "Eu corri o risco. Deixei meu partido para experimentar, e votei nele por mudanças. Não deu certo, e agora volto para meu partido."
Morris faz parte de um pequeno subgrupo de eleitores que apoiaram Obama em 2008 e agora preferem Trump, atraídos por sua promessa de sacudir a situação política e restaurar os empregos perdidos. Uma pesquisa da CBS News realizada no mês passado revelou que 7% dos prováveis eleitores que apoiaram Obama em 2012 agora apoiam Trump, um raio de esperança para um candidato que continua atrás na maioria das pesquisas e alienou muitos eleitores de centro.
Entrevistas com Morris e mais de uma dúzia de pessoas mostram um tema comum: a mensagem de mudança que as inspirou a votar em Obama hoje é personificada por Trump, que eles veem como um forasteiro ousado, sem conexões com os burocratas de Washington e os doadores ricos que financiam os candidatos democratas e republicanos.
Muitos dos entrevistados disseram que se sentem enganados pelo presidente e frustrados por suas circunstâncias pessoais. Segundo eles, Obama não fez o suficiente para criar empregos, impôs de forma injusta a Lei de Acesso à Saúde e prejudicou a reputação dos EUA na condução das relações internacionais. Alguns também se queixaram de que o primeiro presidente negro foi ineficaz em sua reação aos assassinatos com viés racial.
Susanne Murphy, 63, de Gettysburg, Pensilvânia, votou em Obama duas vezes, mas diz que agora apoia Trump. A Lei de Acesso à Saúde fez que ela e seu marido demitissem cinco empregados de sua empresa elétrica porque não podiam pagar os benefícios para eles, segundo disse. "Isso nos fez sentir fracassados", disse ela enquanto esperava o início de um comício com o governador de Indiana, Mike Pence, candidato a vice-presidente na chapa de Trump.
Murphy disse que Mike Huckabee, o ex-governador de Arkansas, seria sua primeira opção para presidente, mas ela gradualmente se aproximou de Trump. "Para mim, Donald Trump fala a verdade, as coisas como elas são", afirmou. "Ele quer unir este país. Ele quer cuidar dos EUA primeiro."
Gary Kerns, 42, também de Gettysburg, disse que ficou impressionado com Trump há muito tempo e chamou a si mesmo de "eleitor maria-vai-com-as-outras" --que é atraído pelos candidatos mais populares. Em 2008, Kerns votou em Obama porque se interessou pelos discursos do jovem e carismático senador.
"Obama era uma brasa", disse ele. "Ele tinha pique, e eu fui apanhado. Eu o adorava."
Hoje Kerns, um republicano registrado, vê uma energia semelhante à de Obama em Trump. "Vamos em frente com o mais quente", disse ele.
Trump atraiu até alguns eleitores negros que foram inspirados pela candidatura de Obama em 2008, mas desde então se decepcionaram.
Chuck Linton, 69, de Baltimore, um militar veterano de guerra aposentado, descreveu Obama como "condescendente" e disse que, como homem negro, ele estava cansado de ouvir os democratas lhe dizerem como deve votar.
"Você já viu alguém que fala tão bem e o faz sentir que está a seu favor, mas na verdade não está?", perguntou ele. "Esse é Obama."
Linton, um antigo democrata, disse que pretendia votar em Trump porque acredita que o empresário vai trabalhar para conter a violência em lugares como Baltimore, onde, segundo Linton, várias pessoas que ele conhece perderam seres queridos para a violência armada.
"O que temos a perder? Essa é uma pergunta muito boa", disse ele, repetindo a indagação feita frequentemente por Trump em discursos aos negros. "Que diferença faz se você experimentar algo diferente? Ele está absolutamente certo. Precisamos tentar algo diferente."
Para outros, foram as posições de Obama sobre questões de justiça racial que os fizeram recuar de seu apoio.
Meg Amamolo, 57, votou em Obama em 2008 e 2012 e ficou entusiasmada, como mulher negra, em votar para colocar um negro na Casa Branca. Mas ela ficou especialmente frustrada em 2012 quando Obama opinou sobre a morte a tiros de Trayvon Martin, 17, por um vigilante de bairro voluntário em Sanford, Flórida. "Se eu tivesse um filho, seria parecido com Trayvon", disse Obama.
Enquanto muitos elogiaram Obama por simpatizar com a família do adolescente, Amamolo achou que o presidente estava assumindo posições injustamente e sinalizando para os filhos dela que sofreriam discriminação por serem negros.
"A coisa toda era fazer os meninos negros perceberem que o país não os quer", disse ela. "Os americanos negros estão sendo vitimizados pelos democratas para que consigam votos, mas nada está mudando."
Laverne Gore, 58, uma eleitora republicana registrada de Cleveland (Ohio), pensa que Obama não fez o bastante para ajudar os negros depois que ela votou nele com entusiasmo em 2008.
Gore disse que chorou quando Obama foi declarado vencedor, mas logo perdeu a fé em seu governo porque ele se concentrou mais nos direitos gays e na imigração do que nas preocupações dos negros.
"Eu fiquei esperando e rezando para que ele me mostrasse que eu importava, meus filhos importavam, meus vizinhos que são negros importavam", disse Gore. "Mas isso não aconteceu."
Para outros ex-apoiadores de Obama, a atração por Trump é mais visceral.
"Ele é um bilionário de colarinho azul", disse James Bates, 37, um vendedor que mora em Cleveland, sobre o candidato republicano.
Bates disse achar que poderia ter uma conversa amigável com Trump, e que por causa da riqueza do candidato ele não ficará endividado com ninguém caso vença.
"Assim como votei em Obama em 2008 vou votar agora em Donald Trump", disse Bates. "Ele é a única pessoa que pode entrar, acredito, e realmente estourar o establishment de Washington."
"Acredito 110% que Donald Trump defende o eleitorado americano", acrescentou. "Não os interesses especiais de Washington. Nem seus próprios interesses. É pelo povo."
Morris também acredita que Trump pode melhorar sua vida.
Seis meses depois que aceitou viajar diariamente três horas para Baltimore para continuar trabalhando na fábrica de tapetes, a companhia se mudou de novo, para a Geórgia. Em vez de reformular sua vida, ele desistiu do emprego de US$ 125 mil anuais.
Agora, segundo disse, consegue sobreviver com sua mulher e três filhos ganhando US$ 72 mil em manutenção de prédios de apartamento. Morris disse esperar que Trump cumpra sua promessa de recuperar os empregos bem remunerados.
"Ele não vai aguentar merda de ninguém", disse Morris sobre o republicano. "Ele não vai me prometer mudança e depois não cumprir."
Entidades estudantis responderão por prejuízos financeiros do Enem
O Ministério da Educação (MEC) pediu ontem (7) à Advocacia Geral da União (AGU) para que tome as medidas cabíveis a respeito dos prejuízos causados pelo adiamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para 271 mil estudantes. Segundo a pasta, a AGU deve identificar entidades que possam ter estimulado alunos a ocuparem escolas públicas.
O MEC estima que R$ 16 milhões devem ser gastos a mais para o adiamento do exame para parte dos candidatos. De acordo com a AGU, estudos internos ainda estão sendo feitos para verificar a efetividade desta cobrança.
Protestos
As provas foram adiadas para estudantes que fariam provas em 405 escolas, pois os prédios estão ocupados. Os estudantes que iriam fazer o Enem foram avisados por email e mensagem de texto sobre a mudança da data. Os novos exame para estes candidatos serão prestados nos dias 3 e 4 de dezembro.
Até a tarde de sexta (4), a lista de escolas ocupadas tinha 364 locais e as ocupações ocorrem em diversos estados do país. Os estados de Minas Gerais, com 88 ocupações, e do Paraná, com 76 ocupações, têm o maior número de escolas ocupadas. Os alunos protestam contra a proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos do governo federal pelos próximos 20 anos, a chamada PEC do Teto. Eles também criticam a reforma do ensino médio, proposta pela Medida Provisória (MP) 746/2016, enviada ao Congresso.
Fórum no RN discute prejuízos da pirataria, que gera prejuízos de R$ 115 bilhões por ano
O contrabando e a pirataria no Brasil geram prejuízos acima de R$ 115 bilhões por ano à economia do país e à sociedade. O número, significativo, foi apresentado nesta segunda-feira (7) durante o Brasil em Foco, pelo presidente do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), Edson Vismona. Além destes dados, foram expostos outros números, como também a realidade do comércio ilegal no Brasil, durante o evento promovido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (Fecomércio RN), que aconteceu no Hotel Best Western Premier Majestic, em Ponta Negra, e nesta edição teve a parceria da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e do FNCP.
Vismona, que também é presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial, detalhou que dos R$ 115 bilhões que o comércio formal deixa de ganhar, R$ 80 bilhões são recursos de 18 setores econômicos, como vestuário, cigarro e indústria farmacêutica, por exemplo, e os R$ 35 bi restantes relativos a impostos sonegados. “Esses volumes não são nada insignificantes. São perdas para a sociedade brasileira e são produtos que afetam nossa saúde, nossa segurança e prejudicam a competitividade. Uma concorrência ilegal ao nosso comércio e indústria”.
Segundo dados do FNCP, os produtos mais pirateados são filmes e músicas; os mais contrabandeados são cigarros; e os mais falsificados são roupas, tênis e óculos. “Há uma estrutura criminosa por trás dos produtos contrabandeados, que gera uma fonte de recursos para outros crimes. Em uma pesquisa no Nordeste, 79% dos entrevistados afirmam que o comércio ilegal estimula criminalidade. O que queremos deixar claro é que não temos nada contra o comércio popular, e sim contra o comércio ilegal”, disparou.
O presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, afirmou que não são somente as empresas, o comércio e o poder público que acumulam perdas com as práticas e comércio ilegal. “Os consumidores dos produtos desta cadeia de crimes assumem também uma posição egoísta, de se dar bem a qualquer custo. Além disso, estes produtos nunca terão a qualidade de um item original, como também podem prejudicar a saúde e a integridade física de quem os consumir”, alertou Queiroz.
O presidente da Frente Parlamentar de Combate ao Contrabando e à Falsificação do Congresso Nacional, deputado federal Efraim Filho, alertou que o contrabando e a pirataria também atrapalham o comércio, impedindo o empreendedorismo. “Não dá para deixar de lado essa prática criminosa e ilícita, que deteriora além da saúde, o mercado de trabalho. É necessário exterminar essas práticas para propiciar um ambiente de negócios favorável para o empreendedor”, disse.
No final do evento, foi montada uma espécie de sala de visitas, onde o presidente Marcelo Queiroz mediou um debate entre o palestrande Edson Vismona e representantes das diversas entidades municipais, estaduais e federais envolvidas na questão. O representante da CNC no Conselho Nacional de Combate à Pirataria, André Roncatto, afirmou que o Brasil em Foco promovido pela Fecomércio RN foi um “choque de conhecimento” aos empresários e poder público presentes, aumentando assim a responsabilidade para o combate. “O comércio legal acaba sendo prejudicado e a convivência com a ilegalidade gera a falência da sociedade. Os poderes precisam trabalhar integrados e em consonância, criando facilidades e gerando mais resultados”, orientou. O presidente Marcelo Queiroz acrescentou que o objetivo do Sistema Fecomércio e da CNC é de combater o crime, visando uma “sociedade melhor, mais justa, produtiva e próspera”.
Também participaram do debate o secretário estadual de Tributação, André Horta; o secretário municipal de Serviços Urbanos de Natal, Antônio Fernandes, representando o prefeito Carlos Eduardo Alves; o chefe de Fiscalização Aduaneira João Felipe Filho, representando o delegado da Receita Federal no RN, Francisco Albuquerque Filho; o delegado titular de Defraudações do RN, João Bosco Vasconcelos de Almeida, representando o secretário de Segurança do Estado, Caio Bezerra; o vereador Aroldo Alves, representando o presidente da Câmara Municipal de Natal, Franklin Capistrano; e o Procurador de Trabalho, Luiz Fabiano Pereira, representando o Procurador-Chefe do Ministério Público do Trabalho no RN, Fábio Romero.
O Brasil em Foco é um dos principais projetos realizados pelo Sistema Fecomércio, e procura trazer ao estado personalidades do cenário político e econômico nacional para tratar de temas importantes para o empresariado. Em 2016 já trouxe o advogado tributarista, ex-ministro da Fazenda e do Desenvolvimento, Gustavo Krause, que falou sobre o Sistema Tributário Brasileiro.
Conheça 8 áreas que serão destaque no mercado de trabalho em 2017
As contratações ocorrerão em ritmo moderado e seletivo. Quem busca uma recolocação profissional precisará ter paciência e flexibilidade. A edição 2017 do guia salarial da consultoria Robert Half, divulgado no início de outubro, aponta esta e outras tendências para o mercado no ano que vem.
De acordo com a professora da IBE-FGV, Rita Ritz, com um mercado conturbado, sem vagas regulamentadas e sem dinheiro para empreendedorismo, o jeito é olhar para a situação com olhos otimistas e estratégicos. “A crise tem começo, meio e fim. É hora de lançar mão das ferramentas disponíveis e se preparar, porque, quando o mercado reaquecer, sairá à frente quem estiver melhor preparado”, afirma
Confira as tendências de cada área:
Engenharia
Procura-se profissionais com versatilidade, boa comunicação, habilidade de relacionamento com outras áreas e flexibilidade para vendas técnicas, melhoria contínua e supply chain, principalmente.
Finanças e contabilidade
O perfil do profissional buscado inclui versatilidade, habilidade de negociação e comunicação, inglês, estabilidade, trabalho em equipe e foco nos resultados para áreas fiscal, contábil, controladoria e auditoria
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Jurídico
O profissional precisa ter cursado uma faculdade de primeira linha, ter estabilidade no currículo, visão de longo prazo, inglês e perfil comercial para demandas de contencioso cível, consultivo e contencioso trabalhista, consultoria tributária, advogado generalista e sócios
Mercado Financeiro
A exigência é para postura de dono, afinidade com tecnologia e inglês para aplicações em compliance, auditoria e controles internos. O guia chama atenção para os novos tipos de profissionais para startups financeiras, as fintechs.
Recursos Humanos
Inglês, proatividade e olhar estratégico são fundamentais para um mercado em busca de coordenador, gerente generalista, analista de folha de pagamento e departamento pessoal, além de analista sênior de remuneração e benefícios. O profissional de RH será cobrado por inovação e versatilidade na estruturação dos cargos e salários. O grande desafio será encontrar espaços para reestruturações, ao mesmo tempo em que se mantém a preocupação com a retenção de talentos.
Seguros
Com inglês e perfil empreendedor, o profissional do setor de seguros também estará em alta. O guia chama atenção para a crescente venda de seguros online – e é preciso se adaptar a isso.
Tecnologia
O profissional precisa ter experiência sólida, inglês, perfil mais interativo e relacionamento interpessoal para vagas de gerente de projetos, gerente de tecnologia voltado à inovação, Devops, consultor funcional, analista de negócios e analista de suporte. A demanda é por um profissional híbrido, segundo o guia, que seja capaz de programar em qualquer linguagem, principalmente para IOS e Android. O guia também chama atenção para o Big Data (lidar com grande volume de dados).
Vendas e marketing
Inglês, visão 360 graus do negócio, boa comunicação, perfil analítico e liderança são algumas características indispensáveis para key account, gerente de vendas, trade marketing e consultor comercial. O perfil consultivo, até então valorizado pelas empresas, precisa ser atualizado. O profissional precisa avançar fronteiras e conquistar novos mercados. O chamado perfil hunter (caçador) é o mais valorizado.
De nanotecnologia a clima: 5 cientistas nacionais que você deveria conhecer
- Você deveria conhecer estes cinco cientistas brasileiros
É normal que as pessoas louvem celebridades nacionais do esporte e do cinema que se destacam mundialmente – isto, claro, ocorre em todos os lugares do mundo. Mas você sabia que há também cientistas brasileiros que têm fama internacional? Se não, talvez seja hora de dar atenção a alguns dos principais cérebros nacionais.
O UOL foi atrás de cinco pesquisadores brasileiros que foram tão citados mundialmente por seus trabalhos que entraram em recentes listas das mentes mais influentes do mundo – quatro deles estão no ranking de 2015 e um é uma novidade na pré-lista para o próximo ano. Vale notar que o ranking foca na quantidade de citações, não na qualidade dos trabalhos.
E qual a dica destes profissionais para figurarem nesta lista? O segredo pode estar em fazer trabalhos inovadores - muitas vezes inéditos - e relevantes em suas áreas. Um fator que parece ligar todos os cientistas também é a colaboração internacional. A parceria e ajuda de pesquisadores estrangeiros mostram-se fundamentais em muitos estudos.
Primeira coisa é trabalhar em rede. A segunda coisa é trabalhar em questões relevantes. Quando junta as duas coisas, você participa de projetos que podem ser publicados em revista de alto impacto" pesquisador e cardiologista Álvaro Avezum
De fato, a relação dos principais cientistas brasileiros com os pesquisadores internacionais é intensa. Ao tentar conversar com os especialistas, a reportagem notou uma coincidência que ao fim virou tendência: dos cinco entrevistados, dois estavam trabalhando fora do Brasil, um estava em viagem a convite de um congresso internacional e outro iria viajar a trabalho na semana seguinte.
Conheça um pouco mais sobre cinco grandes pesquisadores brasileiros:
Álvaro Avezum - diretor da divisão de pesquisa do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia
Por que você deveria conhecê-lo?
As pesquisas dele envolvem doenças cardiovasculares, que são a principal causa de mortes no mundo. Os estudos produzidos pelo pesquisador influenciam diretamente o tratamento para a doença e podem salvar sua vida no futuro.
O que fez?
Um dos principais estudos de Avezum envolveu uma pesquisa mundial sobre doenças cardiovasculares. No Brasil, ele foi o coordenador da pesquisa.
"Um grupo de pesquisadores, do qual participo, fez um estudo para entender os fatores que influenciam o infarto do miocárdio. A pesquisa identificou nove fatores de risco simples de identificação e passiveis de modificação que se responsabilizam por 90% dos casos no mundo, incluindo o Brasil. Este estudo mostra inclusive no Brasil que estes fatores previnem 90% dos casos de infarto", afirma o pesquisador.
No que trabalha agora?
Avezum continua envolvido em projetos mundiais com rede de colaboradores. O cientista cita que em julho foi publicado no periódico Lancet um estudo semelhante ao de doenças cardiovasculares, mas que envolve acidentes vasculares cerebrais. O brasileiro faz parte de uma rede de colaboradores que conta com pessoas de 85 países e está envolvido no estudo PURE, que conta com o monitoramento de 200 mil indivíduos de 20 países para entender mais sobre fatores biológicos e ambientais causadores de adoecimentos.
Paralelo a isso, Avezum participa de um grupo montado na Sociedade Brasileira de Cardiologia que busca perceber como fatores ligados à espiritualidade poderiam explicar adoecimentos.
"Começamos a avaliar o binômio espiritualidade e adoecimento. Queremos aprender se a maneira como o indivíduo enfrenta o cotidiano, os sentimentos que utiliza no dia a dia (perdão, altruísmo, gratidão, otimismo, raiva, mágoa, ressentimento, etc). se associam ao nosso adoecimento. A percepção é que estão associados, mas a ciência precisa de confirmação", conta o brasileiro.
O que acha da ciência brasileira atualmente?
O pesquisador avalia que o Brasil precisa ter uma confluência de saberes e buscar trabalhos colaborativos para ter "projetos mais consistentes, robustos e relevantes". Avezum cita exemplos de que é fundamental ter em pesquisas pessoas da área da filosofia e antropólogos. "Que tal pensarmos em uma plataforma nacional onde questões relevantes no Brasil sejam respondidas neste grupo e daí ir para outros países?", sugere.
Outra coisa citada pelo cientista é trabalhar de forma horizontal com o resto do mundo. "Algumas pessoas vão dizer que o importante é produzir conhecimento 100% nacional. Temos sim é que produzir respostas para nossos problemas, mas também outras questões geográficas. Nosso pensamento tem que ser para a sociedade global", opina.
Ado Jorio - professor do Departamento de Física da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais)
Por que você deveria conhecê-lo?
A nanotecnologia, que envolve manipulação de matéria em escala atômica e molecular, é considerada já há algum tempo a "ciência do futuro", com implicações em todas as frentes do nosso dia a dia - de tratamento contra o Alzheimer a até mesmo tatuagens. O cientista nacional está envolvido com técnicas que possibilitaram a pesquisadores do mundo inteiro avanços nesta área e também entrou no ramo da biomedicina, em busca de equipamentos que facilitem o diagnósticos de doenças.
O que fez?
Ado Jorio tem publicado mais de 180 artigos e quatro livros, segundo suas próprias contas. O cientista diz que entrou na lista pelo conjunto de artigos. A área em que ganhou destaque mundial é "do desenvolvimento de uma técnica que pode ser usada para testar propriedade de qualidades de nanoestruturas".
"Hoje a nanociência e a nanotecnologia estão em pauta. Para analisar e testar, você precisa de técnicas. Meu trabalho é do desenvolvimento de uma técnica por ótica para esta análise. Este é o trabalho mais conhecido, gerou mais impacto", diz Ado.
No que trabalha agora?
O cientista segue na área, mas agora diz ter ampliado os horizontes. Além de técnicas, agora o brasileiro busca desenvolver equipamentos. Ado conta que trabalha com instrumentação científica para gerar equipamentos ligados à biomedicina, desde caracterização de processos biológicos até a geração de diagnósticos clínicos.
O que acha da ciência brasileira atualmente?
Na opinião de Ado, a ciência nacional tem "evoluído de forma fantástica". O cientista diz que o Brasil passou de uma ciência amadora para de altíssimo nível em um período curto. O físico, contudo, lembra que o país ainda está muito atrás dos países desenvolvidos em termos de pesquisadores por habitantes e cita o que pode ser melhorado.
"Precisa de investimento continuado. Você não faz ciência do dia para a noite, constrói por décadas. Uma deficiência é uma necessidade muito grande de importar equipamentos. Depende de assistência técnica no exterior, está em uma situação competitiva inferior aos outros países. Para o Brasil chegar no nível dos países desenvolvidos, além da questão do número de pesquisadores per capita, tem que ter um parque industrial adequado", opina.
Adriano Nunes Nesi - professor no departamento de biologia vegetal da UFV (Universidade Federal de Viçosa)
Por que você deveria conhecê-lo?
Descobertas envolvendo a produtividade de plantas podem transformar a agricultura e a alimentação mundial no futuro. É neste tema que Adriano está envolvido: seu principal projeto propiciou a cientistas entenderem melhor como algumas plantas produzem mais do que outras. Em um mundo com cada vez mais dificuldades de abastecimento, isto é vital.
O que fez?
O principal trabalho do brasileiro saiu em 2005, com sua tese de doutorado feita com ajuda de pesquisa na Alemanha que culminou em uma descoberta. O brasileiro conseguiu identificar uma relação de uma enzima que fazia a planta produzir mais frutos e com mais qualidade, além de ter uma fotossíntese mais eficaz. Esta relação ainda tem a ver com a produção de vitamina C na planta.
"Demonstramos que plantas que produziam mais vitamina C tinham fotossíntese mais elevada. Por isso, produziam mais. Foi bastante interessante, demonstramos a relação da atividade de enzimas na mitocôndria com o cloroplasto, que é onde ocorre a fotossíntese. Foi a primeira vez que alguém notou isso. Interessou vários pesquisadores da área porque até então não se sabia como funcionava", afirma Adriano.
No que trabalha agora?
O pesquisador nacional continua a trabalhar na mesma área que lhe rendeu tantas citações mundo afora. Nunes investiga atualmente a variabilidade natural em fotossíntese, respiração e produção de frutos em tomates e pimentas. Além disso, outra parte de seu trabalho envolve pesquisa na mitocôndria de plantas, parecido com seu estudo mais famoso.
O que acha da ciência brasileira atualmente?
Adriano Nunes é pessimista quanto ao futuro da ciência do Brasil. Com as informações recentes de redução de recursos para pesquisas, o brasileiro teme uma perda de "cérebros" para países do exterior. A tendência para a ciência nos próximos anos não é nada animadora na visão do brasileiro.
"Tenho uma grande preocupação com os cortes que estão ocorrendo. Receio que os recursos para pesquisa sejam reduzidos a um nível que realmente impossibilite a pesquisa científica no país. É preocupante a situação, se os cortes forem maiores do que os já previstos vai ficar muito difícil", conta o pesquisador.
Flávio Kapczinski - professor do departamento de psiquiatria e de medicina forense da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Por que você precisa conhecê-lo?
A doença mental é cada vez mais investigada na modernidade. Em parceria com pesquisadores internacionais, o cientista brasileiro fez descobertas que justificam por que a doença mental pode se tornar crônica e causar danos físicos à saúde. O conceito que criou com colegas é aplicado em várias áreas, como esquizofrenia, uso de drogas e álcool, além de doenças mentais corriqueiras.
O que fez?
Kapczinski diz que tem publicado cerca de 400 artigos envolvendo investigações sobre doenças mentais. Há um ano publicou um livro pela editora da britânica Universidade de Oxford em que resume o que chama como "seu trabalho de vida" – com 53 anos, está nesta área desde os 30. Em suas pesquisas com um colega australiano, ajudou a criar o termo "neuroprogressão", que explica por que pessoas com doenças mentais crônicas vivem até menos que outras.
"O termo descreve as mudanças que ocorrem no cérebro quando se tem uma doença mental crônica. O meu grupo ficou focado nisto e foi um dos estudos pioneiros nesta área. Falamos como uma doença mental se torna crônica e porque se torna uma doença física. Tem várias explicações: entre incidência de inflamação pelo corpo, estresse oxidativo, nível baixo de neurotofinas, que atuam em neurônios. É uma longa elaboração neste sentido", conta.
No que trabalha agora?
Seu foco continua em entender os detalhes da mente humana. No momento, o pesquisador está no Canadá e investiga com um pesquisador canadense se a doença mental crônica pode ocorrer por causa de um problema na mielina no cérebro das pessoas.
O que acha da ciência brasileira atualmente?
O pesquisador nacional diz que a ciência do país deu "um salto enorme" nos últimos 10 anos e cita um período de ouro entre 2010 e 2013, até os recursos passarem a diminuir por causa da crise econômica. A preocupação de Kapczinski é a de tudo ser perdido nos próximos anos.
"Este momento é de uma certa expectativa e um grau de ansiedade no setor para ver se vamos conseguir manter o afluxo de recursos para fazer pesquisa. É uma área vulnerável, quando a gente tem a saúde e a educação básica sofrendo, é difícil imaginar que a ciência não vá sofrer. Entendemos que tem que ter muito cuidado para não matar completamente", afirma.
Paulo Artaxo - professor do departamento de física da USP (Universidade de São Paulo) e membro do painel climático da ONU (Organização das Nações Unidas)
Por que você deveria conhecê-lo?
As mudanças climáticas e o aquecimento global já são uma realidade no mundo. Paulo Artaxo é um dos cientistas mais respeitados da área e tem como trabalho diversos estudos neste ramo.
O que fez?
No tema da mudança climática, Artaxo busca entender os processos climáticos que ocorrem na Amazônia com a ocupação da floresta. Há 25 anos com este foco, o físico cita como um dos expoentes de sua carreira os estudos da Amazônia na década de 90, quando ainda não se conhecia o funcionamento básico do ecossistema, e os ligados ao IPCC, o painel climático da ONU.
No que trabalha agora?
Artaxo segue com a modelagem de dados colhidos na Amazônia. Atualmente, realiza esta análise de dados na Suécia. Recentemente, o brasileiro teve um artigo, em parceria com outros cientistas, publicado na conceituosa revista Nature em que se descobriu porque a região amazônica tem tanta chuva.
"Estamos realizando um grande estudo na Amazônia que se chama Go Amazon. Ele tenta estudar o impacto do processo de urbanização de Manaus na química atmosférica da região central amazônica e entender o impacto da poluição urbana no funcionamento básico do ecossistema. Agora estou trabalhando na modelagem destes dados para entender quais são os processos que controlam o impacto das emissões urbanas no ecossistema", conta Artaxo.
O que acha da ciência brasileira atualmente?
Artaxo aponta que "em muitas áreas o Brasil tem uma posição de liderança no cenário mundial graças aos contínuos investimentos que foram feitos em ciência, tecnologia e nas universidades ao longo dos últimos 15 anos". Contudo, cita uma diminuição de recursos nos últimos três anos e vê como uma calamidade a PEC 241, que limita os gastos públicos em áreas como saúde e educação.
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Organização: George
Fique de olho: meteoros devem passar pelo céu nas próximas noites
- Taurídeas não tem uma noite com grande pico como outras chuvas de meteoros
O céu logo acima de você pode ser iluminado por meteoros nas próximas noites. Isso porque o início de novembro é recebido pela chuva de meteoros Taurídeos, que pode ser vista no território brasileiro em regiões com boas condições de visualização.
Ao contrário de chuvas de meteoros recentes, como a Perseidas e a Orionídeos, o fenômeno de agora não terá um dia com um grande pico de meteoros. De acordo com o astrônomo Gustavo Rojas, da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), a Taurídeos se espalhará pelas próximas noites, a partir desta sexta (4).
"Ela é bem mais fraca que os Orionideos. É uma chuva que pode ser observada no começo de novembro, mas não tem uma noite de pico, a atividade é espalhada de 4 a 7 de novembro", explica Rojas.
A Taurídeos, inclusive, tem uma peculiaridade. Como dura do meio de setembro até o fim de novembro, tem mais um período interessante para observação - ainda assim com poucos meteoros por hora (cerca de 15) para o observador comum. Astrônomos projetam que a madrugada do dia 11 para o dia 12 de novembro também seja cortada por mais meteoros do que nos outros dias.
"Por causa da perturbação de Júpiter na órbita destes pedregulhos, ela dura muito. Esta chuva terá dois picos oriundos de diferentes pontos da constelação: a da parte mais ao sul será por volta do dia 5 e o da parte norte da constelação o pico será no dia 12. Mas isso é indiferente para a gente", diz Cássio Leandro, do Observatório da Univap (Universidade do Vale do Paraíba).
"BOLA DE FOGO" CAI NO CÉU DOS EUA E ASSUSTA POLICIAL
A chuva – que talvez seja mais uma garoa – tem este nome porque os objetos parecem vir da direção da constelação de Touro. Para observar o evento, deve-se olhar na região leste (direção contrária ao pôr do sol) do céu a partir das 2h da manhã.
Astrônomos da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) apontam que, apesar de menos intensa do que os outros fenômenos semelhantes, a Taurídeos apresenta meteoros mais brilhantes.
O evento, contudo, não é para todos. Assim como as outras chuvas de meteoros, a Taurídeos é melhor observada em regiões com pouca luminosidade e poluição – ou seja, fora dos grandes centros urbanos. Esta, em específico, é mais propícia para quem tenha equipamentos profissionais pela pouca quantidade de meteoros.
A chuva deste início de novembro ocorre quando a Terra passa por detritos do cometa Encke, que se incineram ao entrar na atmosfera terrestre.
Governo cancela 469 mil cadastros do Bolsa Família e economizará R$ 2,4 bi ao ano
Um pente-fino realizado a partir de um grande cruzamento de dados levou o governo federal a cancelar 469 mil cadastros do Bolsa Família por subdeclaração de renda. Por suspeita do mesmo motivo, outros 654 mil tiveram o benefício bloqueado.
O impacto econômico estimado, parte já para a folha de novembro, deve ficar em R$ 2,4 bilhões ao ano. Os dados foram apresentados nesta segunda-feira, 7, pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, com base em estudos realizados nos últimos quatro meses.
Segundo o Ministério, cerca de 1,4 milhão de famílias serão convocadas para averiguação cadastral e o benefício foi bloqueado para cerca de 13 mil famílias identificadas, em prestações de contas, como doadoras à campanha eleitoral deste ano. A pasta informou que a triagem, que considera seis bases de dados do governo federal, será feita mensalmente.
“O objetivo é separar o joio do trigo. Quem realmente precisa, vai continuar recebendo o benefício. Não queremos que este programa seja contaminado pelo uso inadequado do dinheiro público, disse o ministro, Osmar Terra. Os municípios com maior número relativo de benefícios cancelados são Treviso (SC), Picada Café (RS) e Vargem Bonita (SC). As cidades que mais tiveram contratos bloqueados também são do Sul: Lacerdópolis (SC), Montauri (RS) e Poço das Antas (RS).
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