terça-feira, 21 de março de 2017

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Petrobras reajusta em 9,8% o preço de botijões de gás de uso residencial
A Petrobras aumentou em 9,8%, em média, os preços dos botijões de até 13 kg de gás liquefeito de petróleo para uso residencial (GLP P-13). O reajuste entrará em vigor às 0h desta terça-feira (21). O último reajuste realizado pela companhia foi em 1º de setembro de 2015. A empresa alertou que a correção divulgada na semana passada dia (17) não se aplica ao GLP de uso industrial.
A Petrobras destacou ainda que as revisões dos preços feitas para as refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor, uma vez que, de acordo com a legislação, há liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados. “Isso dependerá de repasses feitos especialmente por distribuidoras e revendedores”, apontou a empresa na nota de informação do aumento.
Pelos cálculos da companhia, se o reajuste for repassado, integralmente, aos consumidores, o preço do botijão de GLP P-13 pode ter alta de 3,1% ou cerca de R$ 1,76. “Isso se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos”. Ainda conforme a nota, o ajuste foi aplicado sobre os preços praticados pela Petrobras sem incidência de tributos.









Em meio a maior seca, transposição do rio São Francisco divide nordestinos
Foto: Eduardo Knapp / Folhapress
Onde o rio São Francisco deságua no primeiro canal da transposição, o pescador José Aílton da Silva, 22, acampou há 15 dias com a mulher, Ana Paula da Silva, 31, e o filho Uálison Caio, de 2 anos. Moradores de Petrolândia (PE), foram em busca de comida, pescada das águas em uma entrada do rio antes conhecida como Água Branca.
Com a chegada da transposição, o lugar, ponto de partida do eixo leste do projeto, passou a ser chamado pelos locais de Paredão. A três quilômetros dali está a Estação de Bombeamento de Floresta (PE), que lança as águas do rio até Monteiro (PB), um percurso de 217 quilômetros cuja conclusão foi inaugurada com festa pelo presidente Michel Temer no último dia 10.
A obra monumental já custou R$ 9,6 bilhões à União e tem sua paternidade reivindicada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em 2007 tirou do papel uma ideia que circulava no país havia anos.
Em paralelo à disputa política que marca a chegada das águas do rio aos canais e barragens da transposição, desenrola-se outra menos visível, entre as populações ao longo do trajeto da obra, atingidas pela seca mais severa em pelo menos 50 anos no Nordeste, que dura pelo menos cinco anos.
Na ponta que começa a receber a água, o que se encontra são euforia e esperança. À medida que se desce no mapa em direção à bacia do São Francisco, a maior parte dos moradores relata apreensão ou oposição ao projeto.
Neste segundo grupo está o casal Silva. “A transposição está prejudicando o rio. A bomba está ligada o tempo todo puxando água, o nível é baixo e já está baixando mais”, disse José Aílton. “Entendo a alegria deles [moradores beneficiados], porque viviam de caminhão-pipa, mas tem de ver o sofrimento que agora está causando aqui”, emendou Ana Paula. Ao verem o rio baixo, ambos relatam receio de que a água passará a custar mais caro e faltará para a agricultura na região, outro sustento do casal.
“Eles” a quem se refere Ana Paula são principalmente sertanejos de Paraíba e Pernambuco. Gente como o pedreiro Sebastião Gomes Cazuza, 58, que trabalhou por três anos na obra da transposição (ganhava R$ 6,64 por hora, conseguindo, com horas extras, tirar R$ 2.460 por mês) e no último dia 11, um sábado, apreciava a água do canal encher a barragem de Campos, em Sertânia (PE).
Morador de uma rua sem abastecimento, acostumado a comprar água de caminhão-pipa –3.000 litros por R$ 45–, Cazuza estava duplamente feliz, pelo saldo de seu trabalho e por vislumbrar uma vida menos seca. “É suave e gostoso [ver a água jorrar na barragem], é bom, é bonito, me sinto aliviado. Vai ser uma riqueza para cá”, afirmou.
Na paraibana Monteiro, o clima é semelhante. “A festa é grande. Quem critica [a transposição] não conhece a situação de quem vive sem água”, observou o agricultor Fernando Gomes dos Santos, 26.
CINZA E OCRE
Ver a água doce singrar o sertão é, para os que vivem no semiárido, um alento amplificado pela circunstância. Dados compilados pelo Cptec/Inpe (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) a pedido da Folha mostram que a atual seca na região, ininterrupta desde 2012, não tem precedente desde pelo menos 1961. Os três anos com menor volume acumulado de chuva desde então foram 2015, 2012 e 2016.
Considerando só a estação de pluviometria de Quixeramobim (CE), que tem dados desde 1896, é o período mais seco em mais de um século.
Segundo a ANA (Agência Nacional de Águas), os reservatórios do Nordeste estão com 13,8% de sua capacidade, índice mais baixo desde 2012. De acordo com o Ministério da Integração Nacional, 835 municípios da região estão em estado de emergência.
Nestes dias, a paisagem dominante do sertão nordestino é a dos cinzas e ocres da seca, dos xique-xiques, mandacarus e algarobeiras entre dezenas de leitos de rios esturricados, conforme visto pela reportagem em 1.900 quilômetros percorridos de carro por quatro Estados (Paraíba, Pernambuco, Ceará e Bahia, os três primeiros na rota da transposição) em uma semana.
Quase no fim do período chuvoso no sertão (de novembro a abril), havia aqui e ali tons de verde, graças a alguma água que caiu na semana retrasada, responsável também por um mar de borboletas nas estradas no dia seguinte ao aguaceiro.
Em Floresta (PE), onde começa o eixo leste da transposição, não há problemas de abastecimento como na ponta que recebe a água. Mas ali, a poucos quilômetros do rio São Francisco e dos canais do projeto, o riacho do Navio e o rio Pajeú –imortalizados na canção de Luiz Gonzaga e Zé Dantas– estão secos.
A feirante Jocelice Alice da Conceição, 34, conta que já há escassez na lavoura. “O alface vem de outras cidades, porque a água não é suficiente. Aqui estamos com medo de que, com essa água indo para fora, falte para a gente.”
Também há apreensão em Cabrobó (PE), à beira do São Francisco e ponto de partida do eixo norte –inconcluso à espera do resultado de licitação desde que a empreiteira responsável, a Mendes Junior, envolvida na Lava Jato, foi inabilitada.
Moradora da cidade, a advogada Larissa Lopes, 25, reclama: “Tinham que primeiro ter cuidado do rio para depois fazer a obra. Do jeito que foi feito, pode beneficiar algumas pessoas, mas daqui a pouco quem vai precisar seremos nós. Acho que é um projeto para desviar dinheiro”.



MERCADINHO SÃO JOSÉ EM ANTÔNIO MARTINS O LUGAR CERTO PARA COMPRAR BARATO.





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Empresário potiguar Flávio Rocha pode ser candidato à Presidência da República

Foto: Reprodução / Internet
O empresário potiguar Flávio Rocha, dono do grupo Riachuelo e do shopping Midway Mall (o maior do Rio Grande do Norte), poderá ser candidato à Presidência da República, segundo informou o site ‘O Antagonista’.
O partido interessado em contar com o nome do empresário na disputa majoritária de 2018 é o Partido Novo, conforme o próprio presidente da sigla cogitou.
“Não falamos com Flávio Rocha ainda, mas ele é uma pessoa alinhada com os princípios do Novo e um bom gestor. Pode ser um nome”, disse João Amoêdo.
Rocha é natural do Rio Grande do Norte mas mora no sudeste do país, onde administra a maioria de seus negócios empresariais.










VENCESLAU PEÇASEM PAU DOS FERROS RN










Nova onda de investimentos chineses deve trazer US$ 20 bi para o Brasil
A labourer installs an attachment to an electricity pylon in Anqing, Anhui province, in this file picture taken November 2, 2011. The chief of China's State Grid Corp, the world's biggest utility, welcomes bids from foreign firms looking to supply equipment for its smart grid but says they face formidable competition from Chinese companies, Reuters reported on November 12, 2012.       REUTERS/China Daily(CHINA - Tags: ENERGY BUSINESS EMPLOYMENT POLITICS) CHINA OUT. NO COMMERCIAL OR EDITORIAL SALES IN CHINA
O Brasil em crise virou a grande oportunidade para os chineses ampliarem seus negócios no País. Sem medo de gastar e com forte apetite para o risco, eles planejam desembolsar neste ano mais US$ 20 bilhões na compra de ativos brasileiros – volume 68% superior ao de 2016, segundo a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China. O movimento tem sido tão forte que o País se transformou no segundo destino de investimentos chinês na área de infraestrutura no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Na lista de companhias que planejam desembarcar no País, de olho especialmente nos setores de energia, transportes e agronegócio, há nomes ainda desconhecidos dos brasileiros, como China Southern Power Grid, Huaneng, Huadian, Shanghai Eletric, SPIC e Guodian. “Há dezenas de empresas chinesas que passaram a olhar o País como oportunidade de investimentos e estão há meses prospectando o mercado brasileiro”, diz Charles Tang, presidente da CCIBC.
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Enquanto essas companhias não chegam, outras chinesas estão mais avançadas na estratégia de expandir os negócios. A State Grid, por exemplo, liderou os investimentos no ano passado, com a compra da CPFL; a China Three Gorges arrematou hidrelétricas que pertenciam à estatal Cesp e comprou ativos da Duke Energy; a China Communications Construction Company (CCCC) adquiriu a construtora Concremat; e a Pengxin comprou participação na empresa agrícola Fiagril e na Belagrícola.
Segundo levantamento das consultorias AT Kearney e Dealogic, de 2015 para cá, os chineses compraram 21 empresas brasileiras, que somaram US$ 21 bilhões. “Hoje, o Brasil é um país que está barato, por conta do cenário político e econômico. E isso é visto como uma grande oportunidade pelo investidor chinês”, afirma o diretor para a área de infraestrutura da A.T. Kearney, Cláudio Gonçalves.
O atual movimento dos asiáticos no Brasil tem sido considerada como a terceira onda de investimentos chineses. Na primeira, vieram grandes multinacionais, como a Baosteel, de olho no setor de mineração e aço. A empresa chegou a fazer parceria com a Vale para construir duas siderúrgicas no País, mas o projeto não prosperou. Em 2011, comprou uma pequena participação na Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, que aposta na exploração de nióbio.
Na segunda onda de investimento chinês, apareceram companhias que tinham pouca ou quase nenhuma experiência no mercado externo, afirma o advogado do escritório Demarest, Mário Nogueira. Ele explica que, nesse segundo movimento, muitas empresas – incluindo o setor automobilístico – não se deram bem no Brasil, por não terem recebido orientação adequada de como funcionava o mercado nacional. “Dessa leva, algumas quebraram e outras tentam até hoje se desfazer de ativos.” A onda atual também inclui empresas inexperientes no mercado internacional, mas gigantes na China, com muito dinheiro para gastar. E, desta vez, as companhias têm se cercado de assessores financeiros e jurídicos.
“Tem cliente que montou escritório de representação e está há três anos estudando o mercado brasileiro. De tanto rodarem em busca de negócios, já conhecem mais o País do que eu”, afirma Nogueira. Por ora, os escândalos revelados pela Operação Lava Jato envolvendo as maiores empreiteiras do Brasil estão longe de serem vistos como fator de preocupação econômica ou de instabilidade política pelos investidores chineses. Pelo contrário, têm ajudado, já que os preços dos ativos caíram.
Futuro. Nos próximos meses, vários negócios em andamento poderão ser concluídos. É o caso da Shanghai Electric, que estuda assumir projetos de transmissão da Eletrosul, cujos investimentos somam R$ 3,3 bilhões; a SPIC está na disputa pela compra da Hidrelétrica Santo Antônio; e a CCCC tem vários ativos na mira, de construtoras a ferrovias. Outra que fez aquisições em 2016 e não deve parar por aí é a Pengxin. A empresa negocia a compra de parte do banco Indusval, apurou o Estado. Fontes afirmam que há ainda planos da Pengxin levantar um fundo de US$ 1 bilhão para investir em agricultura. Procurados, o banco não comentou o assunto e a Pengxin não retornou os pedidos de entrevista.








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Dono da Gol cita propina a Eduardo Cunha e envolve o ex-ministro Henrique Alves

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O empresário Henrique Constantino, acionista da Gol Linhas Aéreas, confirmou a procuradores da Lava Jato ter feito pagamentos para o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao corretor Lúcio Funaro, ambos presos, em troca de apoio na liberação de valores do fundo de investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Ainda segundo Constantino, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) teria participado da reunião em que os pagamentos foram definidos.
As informações foram dadas pelo empresário no âmbito da negociação de um acordo de colaboração com os investigadores de Curitiba e Brasília. Constantino procurou as autoridades após aparecer nas operações Sépsis e Cui Bono? e ser citado no pedido de prisão de Eduardo Cunha.
Como a Gol Linhas Aéreas assinou um acordo de leniência e assumiu os crimes praticados pela empresa, agora o empresário pretende se livrar na pessoa física de problemas na Justiça. Na leniência, a Gol se comprometeu a pagar R$ 5,5 milhões para reparação pública, R$ 5,5 milhões como multa e mais R$ 1 milhão pela condenação.
O Estado confirmou com fontes com acesso à negociação que Constantino afirmou que os pagamentos efetuados às empresas do corretor Lúcio Bolonha Funaro e diretamente às firmas da família de Cunha tinham como objetivo facilitar a liberação de valores do FGTS.
A versão coincide com a do ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Fabio Cleto. Em delação, Cleto assumiu ter recebido propina para liberar um aporte de R$ 300 milhões do FI-FGTS para a ViaRondon, empresa da família Constantino.
Empresas: A Lava Jato mapeou ao menos dois pagamentos de R$ 246 mil de duas empresas de Constantino – Viação Piracicabana e Princesa do Norte – para a Viscaya Holding, de Lúcio Funaro, em agosto de 2012. No mesmo ano, a Caixa liberou os R$ 300 milhões para a ViaRondon.
No caso dos pagamentos diretos a Cunha, o Ministério Público Federal afirmou no pedido de prisão do deputado cassado que foram identificados pela Receita Federal pagamentos que somam cerca R$ 3 milhões, entre julho e setembro de 2012 e em maio de 2015, para as empresas Jesus.com e GDAV.
“Praticamente todos os depósitos identificáveis na Jesus.com e na GDAV indicam uma só origem: o grupo econômico Constantino, que comanda a empresa Gol Linhas Aéreas e diversas empresas de ônibus”, apontaram os procuradores no pedido de prisão.
Na Operação Sépsis, o empresário foi alvo de busca e apreensão. Assim como Cleto, que confirmou ter recebido propina para favorecer a empresa na transação que liberou aporte de R$ 300 milhões do FI-FGTS para a ViaRondon, Constantino confirmou que como contrapartida à liberação dos valores efetuou pagamentos para as empresa do corretor Lúcio Funaro, apontado pelo MPF como operador de Cunha.
Nos relatórios da Cui Bono? (a quem beneficia?), o caso da ViaRondon apareceu novamente. Uma das mensagens de celular anexadas aos autos da investigação revela que Funaro chegou a cobrar de Cleto, então vice-presidente de Loterias e Fundos de Governo na Caixa, celeridade para destravar um aporte de R$ 300 milhões.
“Recebi um e-mail aqui da BRVias (empresa controladora da ViaRondon) com todos os documentos já entregues (na Caixa), com exceção de um que foi anexado ao protocolo de entrega. Qual o prazo agora para estar na conta deles o dh (dinheiro) disponível para saque?”, questionou, em mensagem enviada em 11 de junho de 2012. “Consegue liberar isso amanhã?”, cobrou Funaro.
Ainda conforme as mensagens, obtidas pela Polícia Federal, Cleto informou em seguida ter recebido documentação de Henrique Constantino e foi informado de que um de seus subordinados tomaria as providências necessárias. O empréstimo foi liberado em 14 de junho. “Br.Vias. Valor integral foi creditado hoje para o cliente”, escreveu o então vice-presidente da Caixa a Funaro e Cunha.
Por meio de sua assessoria de imprensa, Henrique Constantino afirmou que está à disposição das autoridades. O advogado Ticiano Figueiredo, responsável pela defesa de Cunha, afirmou que “desconhece o teor do depoimento, causando espécie que a imprensa já tenha tido acesso a essa informação sem que esteja disponível para os advogados.” De toda forma, apontou o advogado, as “ilações e afirmações desprovidas de prova concreta não deveriam servir sequer para embasar abertura de investigação, muito menos para ensejar uma delação.” A defesa de Funaro não foi encontrada para comentar. O advogado de Henrique Eduardo Alves, Marcelo Leal, disse desconhecer a colaboração e que não poderia, portanto, comentá-la. Fonte: Estadão






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