Dona da Riachuelo aumenta lucro em 900% e ações disparam no mercado
As ações da Guararapes, dona das Lojas Riachuelo, chegaram a subir 9% nesta terça-feira, depois que a empresa divulgou um aumento de 900% no lucro líquido no primeiro trimestre deste ano.
Por volta das 15h, os papéis subiam 6,12%, negociados a 104 reais cada um.
De janeiro a março, a companhia lucrou 110,57 milhões de reais, ante 11,05 milhões de reais no mesmo período de 2016. O desempenho, segundo a Guararapes, foi influenciado por alguns fatores como aumento de 4% nas vendas em mesmas lojas, o crescimento da margem bruta em quase 2 pontos percentuais e o controle de despesas operacionais.
O que mais favoreceu a empresa, no entanto, foi a reversão de provisão referente à exclusão do ICMS da base de cálculos do PIS/Cofins, após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o tema. Sem esse efeito, diz a Guararapes, o lucro líquido seria de 39,6 milhões de reais no período.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu 271,6 milhões de reais nos primeiros três meses do ano, aumento de 226% ante igual período de 2016. A receita líquida chegou a 1,269 bilhão de reais, montante 4,6% mais alto que o dos mesmos meses do ano anterior.
Fonte: Exame
50% do trabalho no Brasil pode ser feito por robô, diz estudo
O Brasil é um dos países com maior potencial de automatização de mão de obra, atrás apenas de China, Índia e Estados Unidos na quantidade de trabalhadores que poderiam ser substituídos por máquinas.
De acordo com estudo da consultoria McKinsey, 50% dos atuais postos de trabalho no Brasil poderiam ser automatizados, ou 53,7 milhões de um total de 107,3 milhões.
O setor com maior percentual de empregos automatizáveis no Brasil é a indústria, com 69% dos postos. Em seguida, ficam hotelaria e comida (63%) e transporte e armazenamento (61%).
“Todos os países estão passando por redução de empregados na indústria e migração para os serviços”, afirma Bruno Ottoni, pesquisador de economia aplicada do FGV/Ibre (Instituto Brasileiro de Economia). “A fronteira dos serviços vai demorar mais a ser cruzada, já que os postos são mais qualificados”, diz.
China e Índia têm, juntas, 700 milhões de postos que poderiam ser cortados.
A consultoria não prevê quantos postos serão criados com tecnologia nos próximos anos, mas fala de uma reestruturação do ambiente de trabalho, semelhante à revolução verde na agricultura, na metade do século 20.
Para Ottoni, as previsões não necessariamente levam em conta as dificuldades de replicar em larga escala as novas tecnologias. “São barreiras culturais. Como um robô do Google vai dirigir em uma estrada esburacada do Rio de Janeiro?”, afirma.
O estudo considera que máquinas são boas em reconhecer padrões, otimizar e planejar ações, recuperar informação e executar ações motoras que não exijam muita sensibilidade ou destreza.
Cerca de 60% das profissões poderiam ter ao menos 30% de suas atividades automatizadas, de acordo com essa premissa.
Não são apenas trabalhos braçais —presidentes-executivos e banqueiros correm risco, assim como lojistas, agentes de viagens, costureiros e relojoeiros. Já legisladores e psiquiatras são as profissões com menor chance de serem automatizadas.
O relatório foi feito com base em dados de 54 países, representando 78% do mercado de trabalho mundial.
Os empregos que podem ser substituídos têm um custo de US$ 89 bilhões por ano no Brasil (R$ 275 bilhões) e US$ 14,6 trilhões no mundo (R$ 45,2 trilhões), equivalente a 1,2 bilhão de trabalhadores, metade da força de trabalho mundial.
O estudo estima que, entre 2036 e 2066, deve-se chegar a metade dessas substituições. A produtividade mundial pode, consequentemente, aumentar de 0,8% a 1,4% no mesmo período.
As substituições dependem de as tecnologias se tornarem mais baratas que a mão de obra, do dinamismo do mercado e da “aceitação social”, segundo o estudo.
Em 2016, o Fórum Econômico Mundial estimou que a automatização poderá causar a perda no mundo de 7,1 milhões de empregos de 2015 a 2020, mas gerar, em compensação, 2 milhões de postos.
No mesmo ano, um estudo do Citibank, com dados do Banco Mundial, concluiu que 57% dos postos poderiam ser substituídos por máquinas nos 35 países da OCDE.
Governador e diretor do Depen visitam obras em Alcaçuz; pavilhão 3 está totalmente reconstruído
O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, e o diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Marco Antônio Severo, visitaram na manhã desta terça-feira (16) as obras de recuperação da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, maior presídio do estado. A unidade foi destruída durante as rebeliões que ocorreram em janeiro – ocasião em que 26 detentos foram mortos.
Marco Antônio aprovou o andamento das obras. “Cheguei a ver a depredação do lugar, e agora vejo que está com melhorias, tanto para os presos quanto para os agentes”, disse.
Ainda de acordo com o diretor, o pavilhão 3 já foi liberado e os presos deverão ser transferidos de volta para o local até a próxima segunda-feira (22). “Serão transferidos os presos de menor periculosidade. No pavilhão 5, para onde 1.200 detentos foram levados, devem ficar os mais perigosos”, explicou.
Marco também disse que a previsão de liberação do pavilhão 2 deve acontecer daqui há duas semanas. Já as obras do pavilhão 1, ainda não têm previsão de conclusão.
Robinson Faria reforçou o pedido para que a força de intervenção federal que atua em Alcaçuz permaneça no presídio até que seja concluído o concurso para a contração de agentes penitenciários estaduais.
“Seria de grande importância para a reestruturação do sistema prisional que os novos agentes possam ser treinados pela força federal para que assumam o controle do presídio e de outras unidades do RN. O concurso deverá contratar mais de 500 agentes”, afirmou o governador.
A diretora do Sistema Penitenciário Federal, Cíntia Rangel, e os secretários da Casa Civil, Tatiana Mendes Cunha, de Justiça e Cidadania, Mauro Albuquerque, e de Infraestrutura, Jader Torres, também participaram da visita.
O ‘Massacre de Alcaçuz‘, episódio mais violento da história do sistema penitenciário potiguar, aconteceu no dia 14 de janeiro. A penitenciária fica em Nísia Floresta, cidade da Grande Natal.
Obras
O governo do estado deverá gastar mais de R$ 3,2 milhões para recuperar e reforçar a segurança na penitenciária estadual de Alcaçuz, após rebeliões que deixaram pelo menos 26 detentos mortos. O valor total previsto pela Secretaria de Infraestrutura para execução das obras de reforma nos pavilhões 1, 2 e 3 e construção de uma cerca na área externa é R$ 2.693.214,20. Além disso, cerca de R$ 600 mil estão sendo gastos na reconstrução do Pavilhão 5, de acordo com a Secretaria de Justiça e Cidadania. *G1
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