Cesta básica fica mais barata em 16 capitais em maio, aponta Dieese
O custo da cesta básica diminuiu em 16 capitais brasileiras no mês de maio e aumentou em 11 cidades, aponta levantamento mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado no dia (6).
De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, as maiores quedas foram registradas em Fortaleza (-4,39%), Palmas (-4,25%) e Salvador (-4,18%). O valor da cesta ficou mais caro, por outro lado, para quem mora no Recife (2,89%), em São Paulo (2,83%) e Aracaju (1,96%).
Nos últimos 12 meses, 16 cidades acumulam alta, com destaque para Natal (8,14%), Fortaleza (7,83%) e Aracaju (7,59%). As principais reduções nesse período foram verificadas em Belo Horizonte (-4,38%), Brasília (-4,32%) e Manaus (-2,89%).
Porto Alegre segue como a cidade com a cesta mais cara, com um total de R$ 460,65. Em seguida estão São Paulo (R$ 458,93), Florianópolis (R$ 446,52) e Rio de Janeiro (R$ 442,56). Os moradores de Rio Branco (R$ 333,15) e Salvador (R$ 351,31) são os que pagam, em média, o menor valor.
Alimentos
A batata teve predominância de alta de abril para maio. O tubérculo é coletado no Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Cidades como São Paulo (26,09%), Curitiba (16,89%), Porto Alegre (16,61%), Brasília (14,59%) e Belo Horizonte (13,00%) tiveram alta expressiva. “As chuvas e a oferta controlada da batata fizeram com que o preço da batata tivesse elevação em todas as cidades”, diz nota do Dieese.
A manteiga também está entre os produtos com destaque de alta. Em maio, o preço foi mais alto em 24 cidades. Recife (12,23%) teve o maior aumento. Apenas Goiânia (-1,57%), Palmas (-1,13%) e Rio Branco (-1,07%) registraram queda no preço. Nos últimos 12 meses, o produto apresenta elevação em todas as capitais, chegando a 58,73% em Goiânia.
O preço do café aumentou em 19 cidades neste mês, variando entre 0,31%, em Teresina, a 2,44%, em Manaus. Entre as capitais com redução, os destaques foram Fortaleza (-7,75%) e Goiânia (-4,45%). “Alguns motivos explicam o aumento: chuvas volumosas, valorização do dólar diante do real, maior demanda e retração dos vendedores em relação às incertezas econômicas e políticas do país”, explica a entidade.
O preço do óleo, por sua vez, caiu em 27 capitais em maio. O recuo mais expressivo foi verificado em Belo Horizonte (-10,54%). De acordo com o Dieese, o preço do produto se mantém em tendência de queda, apesar do aumento da exportação e da demanda por óleo biodiesel. O açúcar também ficou mais barato na maioria das cidades. Apenas em São Paulo, o valor se manteve estável, e em Maceió houve acréscimo de 0,69%.
Salário mínimo
O Dieese calcula o valor que o salário mínimo deveria ter para suprir despesas básicas do trabalhador com base no custo da maior cesta. Em maio, o valor de referência foi o de Porto Alegre. Nesse levantamento, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.869,92. O valor é 4,13 vezes o mínimo atual de R$ 937,00. Em abril, o mínimo necessário era de R$ 3.899,66, ou 4,16 vezes o mínimo vigente.
Comissão do Senado aprova projeto da reforma trabalhista
Por 14 votos favoráveis e 11 contrários, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou o relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sobre a reforma trabalhista. Imerso em intensa crise política, o governo tem feito esforços para fazer avançar a reforma trabalhista no Senado, buscando com isso sinalizar aos mercados que tem fôlego para tocar as reformas, vistas como cruciais para recolocar o país em trajetória de crescimento sustentável.
A proposta segue agora para duas comissões do Senado – Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) – antes de ir para o plenário da Casa. Os quatro destaques apresentados ao texto foram rejeitados (leia aqui a íntegra da proposta aprovada na Câmara, que não sofreu alterações no Senado).
Os senadores de oposição fizeram questão de ler seus votos em separado, o que foi chamado pelo líder governista, Romero Jucá (PMDB-RR) de obstrução branca.
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que tentou interromper a votação da reforma trabalhista por meio de requerimento, se posicionou juntamente com a oposição contra a reforma trabalhista. “É indiscutível que maioria da bancada do PMDB é a favor da reforma trabalhista, mas não vou me calar. Em minha carreira, nunca deixei passar a impressão de que flexibilização de direitos resolve o problema da economia”, afirmou.
Renan criticou a estratégia governista de editar uma medida provisória para fazer modificações no texto do projeto, dizendo que isso nada mais é do que levar a discussão novamente para a Câmara. “O próprio presidente sugeriu editar uma medida provisória. O que seria editar uma MP, se não levar esse assunto de novo para a Câmara? Quanto mais tempo entendermos que podemos ganhar com a reforma para atender não sei lá a quem, deixamos de cumprir o papel do Senado Federal”, afirmou.
Força Nacional já botou mais de 100 nas cadeias do RN
No Rio Grande do Norte desde setembro de 2016, a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) segue atuando em território potiguar em parceria com as forças de segurança estaduais. Com nove meses de trabalho, os resultados positivos podem ser constatados pelas estatísticas.
Durante o período, 110 adultos foram detidos pelos integrantes da Força, sendo 91 prisões em flagrante, 19 por mandado judicial e 10 de foragidos de Justiça. Além disso, 29 menores infratores acabaram apreendidos. A FNSP também montou 555 barreiras, o que resultou em 61.811 abordagens, sendo 10.644 a motocicletas, 143 a ônibus, 8.448 a carros e 42.556 a pessoas.
A Força ainda conseguiu apreender drogas – maconha, crack e cocaína – armas brancas e de fogo, dinheiro, munição, explosivos e também caminhões que transportavam cargas irregulares.
Nesta terça-feira (6), ocorreu uma formatura da Força Nacional em um auditório da Escola do Governo. Na oportunidade, a secretária da Segurança do RN, Sheila Freitas, destacou a importância do trabalho conjunto que vem sendo realizado. “Todos sabem do momento difícil que o Rio Grande do Norte passa. Entretanto, apesar das dificuldades, as forças de segurança têm trabalhado para reverter a situação e a Força Nacional tem nos ajudado muito nessa missão”.
Atualmente, 122 integrantes da FNSP estão atuando em Natal em cumprimento do Plano Nacional de Segurança Pública (PNSP), que começou na capital potiguar – por determinação do Ministério da Justiça – em 15 de fevereiro de 2017. Antes – de setembro de 2016 até 14 de fevereiro deste ano – a Força também apoiou ações nos arredores de unidades prisionais e em eventos pontuais no interior do Rio Grande do Norte.
Poupança reverte tendência e registra mais depósitos que saques em maio
Pela primeira vez em cinco meses, os brasileiros depositaram mais do que sacaram na poupança. Em maio, a captação líquida (depósitos menos retiradas) somou R$ 292,6 milhões, informou neste dia 6 de junho o Banco Central (BC). Desde dezembro do ano passado, a aplicação não registrava entrada líquida de recursos.
Para meses de maio, foi a primeira vez desde 2014 que o Banco Central registrou mais ingressos que retiradas de recursos. Em maio daquele ano, a captação líquida tinha somado R$ 2,27 bilhões. Com o início da crise econômica, a caderneta registrou retirada líquida de R$ 3,2 bilhões em maio de 2015 e de R$ 6,59 bilhões em maio do ano passado.
Apesar do desempenho positivo em maio, as retiradas continuam maiores que os depósitos no acumulado do ano. Nos cinco primeiros meses de 2017, a caderneta de poupança registrou retiradas líquidas de R$ 18,38 bilhões, perda de recursos menor que os R$ 38,89 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.
Desde o início da recessão econômica, em 2015, os investidores têm retirado dinheiro da caderneta para cobrir dívidas, em um cenário de queda da renda e de aumento de desemprego. Em 2015, R$ 53,5 bilhões foram sacados da poupança, significando a maior retirada líquida da história. Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões.
Outro fator que contribuiu para os saques no acumulado do ano foi a perda de rentabilidade da caderneta em relação a outras aplicações. Nos 12 meses terminados em maio, a poupança rendeu 8,06%, contra 13,45% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
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