Venda de veículos supera expectativa e cresce 10% em 2017
Após quatro anos de queda nas vendas, o setor automotivo fecha 2017 com alta de aproximadamente 10% em relação ao ano anterior.
Os dados preliminares apurados pela Folha mostram que 2,24 milhões de carros de passeio, comerciais leves, ônibus e caminhões foram licenciados até o dia 29 de dezembro, quando a alta acumulada era de 9,3% em relação a 2016.
A Anfavea, associação que representa as montadoras instaladas no Brasil, previa que o crescimento em 2017 seria de 7,3%.
Apesar do resultado positivo, a retomada ocorre em cima de bases rasas. Os dados do ano passado equivalem ao volume registrado em 2007, bem distante do recorde de vendas do setor: 3,8 milhões de unidades em 2012.
“A recuperação é um alívio para a indústria, mas não acreditamos em um crescimento vultoso. Ainda há incertezas econômicas e políticas que persistem na mente do consumidor na hora de comprar um veículo, e, apesar dos juros mais baixos da história, há restrições que limitam o poder de compra”, afirma Fabio Braga, diretor de Operações da consultoria J.D. Power do Brasil.
Entre as montadoras, a Chevrolet permanece na frente, com 393 mil unidades emplacadas até o dia 29 de dezembro. A Fiat mantém a segunda posição (297,7 mil), mas é ameaçada pela Volkswagen (286,8 mil), que cresceu cerca de 26% em vendas na comparação entre os anos de 2016 e 2017.
A Ford também comemora a retomada nas vendas. Após o sexto lugar em 2016, a marca de origem norte-americana ultrapassa Hyundai e Toyota para recuperar a quarta colocação, com aproximadamente 215 mil licenciamentos e crescimento de 19% no ano passado.
Os dados de produção em 2017 serão divulgados nesta sexta-feira (5) pela Anfavea. No acumulado até novembro em relação a igual período de 2016, houve crescimento de 27,1% na fabricação de automóveis leves, caminhões e ônibus. As exportações, que cresceram 49% no mesmo intervalo, explicam a alta.
Representantes da indústria automotiva acreditam que o crescimento em 2018 deverá ser ainda maior do que o registrado no ano anterior, e aguardam a definição do novo plano de incentivo para o setor, o Rota 2030.
Para Antonio Megale, presidente da Anfavea, não há riscos de o próximo programa ter os mesmos problemas do Inovar-Auto, condenado pela OMC (Organização Mundial do Comércio).
Na visão do executivo, os pontos do plano anterior que discriminavam produtos importados -exigência de conteúdo local e cumprimento de etapas de produção no Brasil- não farão parte do Rota 2030.
Contudo, as montadoras estão insatisfeitas com o atraso na homologação do programa, inicialmente prevista para outubro. Elas também se queixam de impasses entre os ministérios.
Já as importadoras de veículos comemoram as mudanças tributárias, como o fim do sistema que sobretaxava modelos vindos de fora do Mercosul, bloco atualmente presidido pelo Brasil.
Folha de São Paulo
Dados indicam 2017 como o ano mais seguro da história da aviação
O ano 2017 foi o mais seguro da história da aviação porque não foi registrada nenhuma vítima fatal em voos de grandes companhias aéreas comerciais, segundo dados divulgados hoje (2), em Bruxelas, pela organização holandesa especializada Aviation Safety Network.
Incluindo pequenos aparelhos de mais de 14 assentos e voos de transporte de mercadorias, em 2017 foram contabilizados 10 acidentes aéreos, nos quais morreram 44 pessoas em voo e 35 em terra, sobre um total estimado de 36,8 milhões de voos em todo o planeta.
Deles, dois tiveram problemas durante a decolagem, três em voo, outros três no descida para aterrissar e dois durante a aterrissagem.
Esses acidentes aconteceram no Quirguistão, Indonésia, Estados Unidos, Nepal, Costa do Marfim, Rússia, Tanzânia, Canadá e Costa Rica, enquanto que não há registros de acidente fatal na Europa.
Em 2016, a Aviation Safety Network tinha contabilizado 16 acidentes que deixaram 303 mortos. Sendo assim, 2017 segue sendo “o ano mais seguro tanto em número de acidentes como o termo de baixas mortais”.
O raio de mortalidade aérea comercial se situa em uma morte por cada 7,3 milhões de voos, um cálculo que não computa acidentes militares e que deve ser confirmado ao longo de 2018 pelos dados Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), com sede em Montreal.
“Desde 1997, o número de acidentes de companhias aéreas mostrou um declínio estável, em grande parte graças aos contínuos esforços em segurança das organizações da aviação internacional como Icao, Iata e Flight Safety Foundation e da indústria da aviação”, declarou em um comunicado o presidente da Aviation Safety Network, Harro Ranter.
Acidente com Chapecoense matou 71 pessoas
Segundo esse portal especializado com sede na Holanda, o último acidente de uma grande companhia aérea com vítimas fatais foi registrado há 399 dias, em 28 de novembro de 2016, quando 71 pessoas morrerem no acidente da companhia aérea LaMia, no qual viajava a equipe da Chapecoense e que fazia o trajeto entre Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) com Medellín (Colômbia).
A última tragédia aérea com mais de 100 vítimas mortais aconteceu há 793 dias, após o acidente com um voo da companhia russa Kogalymavia operado pela Metrojet Flight, em 31 de outubro de 2015, quando o aparelho explodiu no ar com 224 pessoas a bordo quando voava entre a localidade egípcia de Sharm El-Sheikh e a russa de São Petersburgo.
Os investigadores russos concluíram, na época, que a causa mais provável do acidente tinha sido a detonação em voo de “um artefato explosivo” introduzido no Airbus A321.
Agência Brasil
Governadores pelo país cumpriram uma em cada 3 promessas
Nos três primeiros anos de mandato, os governadores de todos os estados mais o Distrito Federal cumpriram 32% das promessas que fizeram durante a campanha eleitoral de 2014. É o que mostra levantamento do G1considerando 1.035 compromissos assumidos pelos então candidatos antes de serem eleitos. A relação completa por estado está na página especial “As promessas dos políticos“.
Os dados mostram ainda que 26,7% das promessas foram cumpridas parcialmente – ou seja, ainda há pendências para que o trabalho seja considerado entregue. Já as promessas que ainda não foram cumpridas pelo governo estadual na atual gestão são 38,7%. Veja no gráfico abaixo:
Em números absolutos, o resultado da avaliação das promessas foi:
- Total de promessas: 1.035
- Cumpridas: 339
- Cumpridas em parte: 227
- Não cumpridas: 401
- Não avaliadas: 18
Divisão por temas
Em termos percentuais, as promessas envolvendo mobilidade urbana e infraestrutura lideram o ranking de promessas não cumpridas. Enquanto isso, entre os compromissos considerados já cumpridos, aqueles envolvendo corrupção, transparência e a própria administração do estado têm os maiores percentuais.
No caso de promessa ligada ao tema de corrupção, há apenas uma sendo avaliada, e foi cumprida (em Sergipe, foi criado o Laboratório de Tecnologia para combater a corrupção e lavagem de dinheiro, conforme prometido em campanha).
Veja reportagem completa do G1 aqui
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