Empresários do RN defendem protagonismo nas eleições
Lançado diante de um público repleto de empresários potiguares que ocupou a plateia do Teatro Riachuelo no fim da tarde desta terça-feira, 21, o manifesto “Brasil 200”, idealizado pelo potiguar Flávio Rocha, foi comemorado pelas lideranças dos diversos segmentos produtivos do RN que defendem o protagonismo no processo eleitoral do mês de outubro.
Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, a CDL, de Natal, Augusto Vaz destacou que o projeto, mesmo sem contar com bandeira partidária, precisa interferir na política nacional.
“É um projeto que abrange vários pontos. É apartidário, mas queremos que tenha interferência na política. Não com partido nem com candidato, mas que o projeto político passe pelo Brasil 200”, destacou.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do RN (Faern) fez uma relação do ‘Brasil 200’ com a realidade estadual.
“No Rio Grande do Norte, os geradores de emprego precisam ter uma responsabilidade nessa eleição. Devem contribuir no sentido de mostrar novos caminhos. Temos uma oportunidade de fazer uma nova história já que o Estado está maior do que suporta”, analisou.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte, Amaro Sales, reforçou que o movimento Brasil 200 propõe o engajamento de todos os segmentos, em especial dos empreendedores. “O Brasil 200 nos ajuda a sonhar e lutar por um novo rumo para um país mais independente, um país rico é país empreendedor e feliz!” *Portal no Ar
Auxilio-moradia custou quase R$ 5 bilhões nos últimos 5 anos
O STF vai julgar em 22 de março a regalia do auxílio-moradia para juízes que, pago há cinco anos, já custou cerca de R$5 bilhões. Cada magistrado recebe R$4.378 por mês ainda que tenha casa própria.
*Cláudio Humberto
Intenção de consumo das famílias cresce 4,2% de janeiro para fevereiro
A Intenção de Consumo das Famílias, medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), teve alta de 4,2% de janeiro para fevereiro deste ano. O crescimento chegou a 13% na comparação com fevereiro de 2017.
Segundo a CNC, a alta é provocada pela melhora do poder de compra das famílias. A confederação considera que a trajetória de queda da inflação e das taxas de juros (ainda que suave) e as linhas de crédito permitiram menor comprometimento da renda e, consequentemente, o aumento da intenção de consumo.
Apesar disso, a CNC considera que a recuperação da intenção de consumo é lenta, distante dos níveis registrados entre 2010 e 2012.
Na comparação com janeiro, as melhores avaliações foram observadas nos componentes de momento para a compra de bens duráveis (5,8%) e perspectiva profissional (5,3%). Já na comparação com fevereiro de 2017, os destaques foram a perspectiva de consumo (25,7%) e momento para duráveis (23,5%).
Pesquisa mostra que quase 70% dos brasileiros não têm plano de saúde particular
Pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que 69,7% dos brasileiros não possuem plano de saúde particular – seja individual ou empresarial. Segundo o levantamento, divulgado nessa quarta-feira (21), esse percentual é ainda maior entre as pessoas das classes C, D e E, atingindo 77%.
A pesquisa destaca que 44,8% dos entrevistados sem plano de saúde disseram utilizar o Sistema Único de Saúde (SUS) principalmente os entrevistados das classes C, D e E (51,4%) quando precisam de atendimento. O restante afirmou que arca com dinheiro do próprio bolso para pagar pelos serviços necessários.
Segundo o levantamento, 38,5% dos entrevistados sem plano de saúde não souberam precisar com que frequência utilizam a rede pública de saúde. Eles manifestaram insatisfação em relação ao SUS, sobretudo quanto à demora no tempo de atendimento.
Entre os entrevistados que possuem um plano de saúde privado, o preço acessível foi o fator de decisão mais citado para definição do convênio (42,5%), seguido pela qualidade da rede credenciada (33,3%) e pela recomendação de outras pessoas (22,3%).
Segundo a pesquisa, R$ 439,54 é o valor mensal médio que o brasileiro paga pelo plano de saúde. Dos que têm convênio privado, 42,2% disseram pagar do próprio bolso na situação de o plano de saúde não cobrir totalmente ou parcialmente as despesas necessárias. O levantamento mostra ainda que 97,1% dos beneficiários de planos de saúde estão com o pagamento das mensalidades em dia; e 69,1% dizem serem bem ou muito bem atendidos pelos seus planos de saúde particular.
“Os dados mostram que o plano de saúde é considerado uma prioridade para grande parte de seus usuários. É um serviço de primeira necessidade, relacionado aos cuidados de um bem maior, que é a vida. É tanto que a taxa de inadimplência declarada é baixíssima”, afirma Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.
A pesquisa foi feita com consumidores das 27 capitais brasileiras, homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos, de todas as classes econômicas. Foram feitas 1,5 mil entrevistas, de 15 a 26 de setembro de de 2017, com uma margem de erro de 2,5 pontos percentuais.
Brasil atinge pior posição em ranking de percepção da corrupção em 5 anos
O Brasil caiu 17 posições e atingiu a pior colocação em 5 anos no ranking sobre percepção da corrupção, produzido pela ONG Transparência Internacional. O levantamento, divulgado nesta quarta-feira (21), foi realizado em 180 países em 2017.
As notas dadas aos países vão de 0 a 100. Quanto maior a nota, mais transparente é o país, na visão de seus moradores. Com 37 pontos, o Brasil passou a ocupar a 96ª posição no ranking –no ano anterior, com 40 pontos, o país ficou na 79ª colocação. Apenas a Libéria e o Bahrein apresentaram recuo maior que o Brasil, de 32 e 33 posições, respectivamente.
No lugar que ocupa hoje, o Brasil está empatado com Colômbia, Indonésia, Panamá, Peru, Tailândia e Zâmbia, ficando atrás de países como Timor Leste (91º), Burkina Faso (74º) e Arábia Saudita (57º).
Na avaliação de Bruno Brandão, representante da Transparência Internacional no Brasil, “o país despencou”. “Foi uma das maiores quedas já registradas do país na história de participação do ranking, o que representou uma enorme frustração, tanto para o país como para a sociedade”, analisa.
O Brasil vinha apresentando uma trajetória de queda no índice desde 2014, até atingir um ponto de estabilização no ano passado –processo que, segundo Brandão, é normal nos países que começam a enfrentar o problema. Mas ele explica que, se o país persiste de fato no enfrentamento à corrupção, após o efeito de queda de curto prazo deve ter início uma trajetória positiva, o que ainda não aconteceu no Brasil.
“Nossa interpretação foi de que o Brasil estava, no ano passado, em uma encruzilhada. Ele podia persistir nesse combate vigoroso da corrupção e mudar de patamar, ou poderia regredir e continuar no caminho da corrupção e da impunidade sistêmica”, avalia Brandão, mencionando iniciativas como a operação Lava Jato.
“O resultado desse ano, de fato, aponta que esses esforços da sociedade brasileira de combater a corrupção estão em risco. E, claro, existem forças atuando sistematicamente para sabotar esse processo, para estancar a sangria”, pontua.
Argentina passa Brasil pela 1ª vez
No ranking de 2017, o Brasil também apresentou uma queda na sua posição em relação a outras nações em desenvolvimento, como os Brics. Índia (81º), China (77º) e África do Sul (71º) ultrapassam a nação brasileira, que só fica à frente da Rússia –com 29 pontos, em 135º na listagem.
Para Brandão, a perda de posição em relação a países com condições similares de desenvolvimento representa uma “ameaça”.
“Era a chance do Brasil começar a se despontar em relação a outros países e gerar para si uma vantagem, um mercado com muito mais segurança, mais atrativo para investimentos e gerar um ambiente de prosperidade e justiça social. É uma grande oportunidade que ainda temos, mas que está sendo ameaçada”, afirma.
O representante da ONG no Brasil destaca ainda que, na América Latina, a Argentina ultrapassou o Brasil no ranking pela primeira vez: o país vizinho passou de 36 pontos (95ª posição) em 2016 para 39 pontos e o 85º posto em 2017.
“A Argentina vinha com posições muito ruins, mas nos últimos dois anos a percepção da corrupção no país começou a melhorar”, avalia Brandão.
O índice de percepção da corrupção classifica países e territórios com base em quão corrupto seu setor público é percebido por especialistas e executivos de empresas. Na edição de 2017, o índice se baseou em 13 fontes de dados de 12 instituições como o Banco Mundial, Fórum Econômico Mundial e o Banco Africano de Desenvolvimento.
Segundo a Transparência Internacional, o índice é capaz de capturar aspectos de corrupção como propina, desvio de recursos públicos e proteção legal a denunciantes, jornalistas e investigadores quando reportam casos de corrupção. Ele não é capaz, no entanto, de avaliar fraude em impostos, lavagem de dinheiro e corrupção no setor privado, por exemplo.
Corrupção estrutural e resposta sistêmica
Com a FGV (Fundação Getúlio Vargas), a Transparência Internacional lança junto à divulgação do ranking a primeira versão de um pacote de medidas anticorrupção chamado “Novas Medidas Contra a Corrupção”.
Segundo Brandão, as medidas têm inspiração nas melhores práticas internacionais, além de terem sido consultadas mais de 300 instituições brasileiras e dezenas de especialistas brasileiros para a redação e revisão do pacote, que contém mais de 80 projetos de lei, propostas de emenda constitucional e resoluções administrativas.
O conjunto das medidas legislativas ficará aberto para consulta pública por 30 dias, quando os cidadãos poderão comentar e enviar sugestões de mudança para cada uma delas.
Para Brandão, a iniciativa traz muitas lições de um projeto criado em 2015 pelo MPF (Ministério Público Federal), chamado “Dez Medidas Contra a Corrupção”, que ele considera ter sido abortado de “maneira prematura” pelo Congresso.
“A corrupção não está no DNA do brasileiro, não está no DNA do europeu. É tudo questão de ambiente, de se ter um sistema que crie propensão à integridade”, avalia Brandão.
Nova Zelândia lidera; Somália continua na “lanterna”
No ranking, a Nova Zelândia aparece em 1º lugar, com 90 pontos, seguida pela Dinamarca, que alcança 89. O “top 10” dos países mais transparentes é complementado por Finlândia (3º), Noruega (3º), Suíça (3º), todos com a mesma pontuação, e Cingapura (6º), Suécia (6º), Canadá (8º), Luxemburgo (8º) e Holanda (8º).
Na outra ponta, a Somália aparece como o menos transparente –posto que vem sendo ocupado pelo país neste ranking desde 2007. Complementando a lista dos 10 países menos transparentes, estão: Coreia do Norte (171º), Guiné Equatorial (171º), Guiné-Bissau (171º), Líbia (171º), Sudão (175º), Iêmen (175º), Afeganistão (177º), Síria (178º) e Sudão do Sul (179º).
UOL
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