quinta-feira, 1 de março de 2018

Rádio Antônio Martins RN - Rádio Tv Maroca - Emissora Do Grupo Venceslau - Direção Geral: Dr. João Venâncio Ferreira - WEB RÁDIO DIGITAL

Para manter lucro alto, bancos aumentam tarifas para clientes e receitas aumentam quase 10%

Pacotes mensais de serviços, taxas para transferência de recursos para outros bancos e cobranças como segunda via de cartão de débito, entre outras. Tarifas sobre serviços renderam R$ 23,2 bilhões aos quatro maiores bancos brasileiros em 2017 — Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco e Santander. Essa cifra representa um aumento de 9,7% sobre as receitas com tarifas de conta corrente do ano anterior — enquanto a base de clientes dessas instituições financeiras encolheu 3%. Ou seja, os bancos estão cobrando mais de um número menor de consumidores.
O avanço nesse tipo de receita, que cresceu muito acima da inflação no ano passado — que, pelo IPCA, usado no sistema de metas do governo, ficou em 2,97% —, reflete uma estratégia adotada pelos bancos no início da crise, quando a demanda por crédito começou a dar sinais de fraqueza. Com menos ganhos nos financiamentos e enfrentando aumento da inadimplência, a estratégia dos grandes bancos foi reforçar outras fontes de receitas.
– Os bancos cresceram em cima da prestação de serviços, e não do crédito. Nos últimos dois anos, tiveram um aumento grande com as despesas com provisão para devedores duvidosos, mas as maiores receitas com serviços e o corte de gastos ajudaram a manter os lucros em patamares elevados — avalia Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe da Levante Investimentos.
‘Setor é muito Concentrado’
De fato, outras fontes de receitas, como administração de consórcios, gestão de fundos e cartões de crédito, também avançaram. Juntos, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander conseguiram R$ 105,2 bilhões com a prestação de serviços em 2017, um avanço de 9,5%. Como resultado, o lucro conjunto dos quatro, que ainda contou com a ajuda da redução da provisão para devedores duvidosos, cresceu 21,3%, atingindo R$ 64,1 bilhões no ano passado.
— O crédito vai voltar a crescer, e, em tese, os bancos terão mais espaço para reduzir as tarifas. Mas, como o setor bancário é muito concentrado, isso não deve acontecer — adverte Bevilacqua.
Nas projeções para este ano, os quatro bancos estimam manter o crescimento das receitas com prestação de serviços, embora em patamar um pouco abaixo do observado em 2017. Mas não há um percentual específico para os serviços atrelados à conta corrente. O BB, por exemplo, prevê expansão entre 4% e 7%. O Itaú Unibanco, entre 5,5% e 8,5%, e o Bradesco, entre 4% e 8%. O Santander não divulga projeções.
O BB foi o que apresentou o maior crescimento nas receitas com tarifas de conta-corrente em 2017. Foram R$ 6,956 bilhões, 11,7% a mais que no ano anterior. O banco conta com 36,4 milhões de correntistas, o que, em uma conta simples, significa que cada um deles desembolsou R$ 191,10 para manter a conta. Entre os quatro grandes, o BB registrou a maior receita com tarifas.
Procurado, o banco estatal informou que o avanço nas receitas com tarifas se deve ao maior número de clientes que passaram a ser atendidos nos segmentos Estilo e Exclusivo, voltados para a renda mais alta. “Essas duas estratégias de atendimento apresentam como resultado um consumo maior de produtos e serviços por cliente, se comparadas ao modelo tradicional de atendimento, o que permite ao BB aumentar suas receitas com tarifas”, justificou o banco.
Luis Miguel Santacreu, analista da Austin Rating, destaca ainda que o ganho maior com as tarifas de conta-corrente ocorre no momento em que os bancos reforçam suas estratégias digitais, dando prioridade às operações feitas pelo internet banking, autoatendimento e celular, cujo custo operacional é inferior ao das agências bancárias.
— Ao explorar mais os canais digitais, os bancos até conseguem uma redução dos custos. Seria bom que houvesse uma reciprocidade, com queda das tarifas. Mas não é isso o que vemos. Os bancos estão se apropriando de um custo operacional mais baixo e não repassam isso para as tarifas — afirma Santacreu.
A redução ocorrida na base de clientes, ressalta o analista, deveu-se ao desemprego — contas vinculadas ao recebimento de salário foram fechadas — e à inadimplência, que também acarreta o encerramento de contas. No caso do Bradesco, o número de correntistas caiu 3,7% em 2017.
Para este ano, os bancos preveem recuperação nas concessões de novos empréstimos, em especial nas linhas destinadas a pessoas físicas e a pequenas e médias empresas. O mais otimista é o Itaú Unibanco, que estima uma expansão entre 4% e 7%. O Bradesco espera algo entre 3% e 7%, enquanto o BB prevê um crescimento entre 1% e 4%.
— O crédito será retomado em 2018. Mas os bancos já realizaram esse trabalho de diversificação das receitas com tarifas nos últimos dois anos, e isso não vai ser revertido — diz Santacreu.
Para Alberto Ramos, economista-chefe para a América Latina do Goldman Sachs, o crédito tende a ganhar força à medida que a economia dê sinais mais claros de crescimento, com queda no desemprego:
— Esperamos que as condições de crédito continuem a crescer apoiadas pelos sinais de uma recuperação gradual da economia, melhora nas condições do mercado de trabalho e do ciclo de flexibilização dos juros pelo Banco Central. *O GLOBO




Capacidade dos reservatórios potiguares despencou 62,4% em oito anos
A capacidade de água superficial no Rio Grande do Norte despencou 62,4% nos últimos 8 anos. O dado considerado alarmante por especialistas foi analisado pelo Grupo de Segurança Hídrica do Governo do Estado em reunião nesta terça-feira, 27, no Gabinete Civil.
Em 2010, os reservatórios potiguares estavam com 73,30% da capacidade total. O número caiu para 13,57% em 2017 e, atualmente, é de apenas 10,90%. Os dados foram repassados pelo próprio Gabinete Civil do Estado após a reunião.
“A maior queda foi de 2011 a 2014. A partir de 2015, passamos a controlar a situação. Se não fosse esse controle estaria pior”, contou Josivan Cardoso, Diretor-presidente do Instituto de Gestão das Águas (Igarn).
Conforme dito por Cardoso ao PORTAL NO AR, se as chuvas registradas este ano seguirem na mesma intensidade, espera-se que os reservatórios potiguares cheguem a “30% ou 40% da capacidade hídrica do estado até o fim do ano”.
Com as barragens cada vez mais secas, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) enfrenta dificuldades para abastecer os 167 municípios do estado. Hoje, 15 cidades potiguares estão em colapso de abastecimento e outras 84 são abastecidas por meio de rodízio.
A água chega a estes municípios em colapso através de 70 caminhões-pipa que estão a serviço da Operação Vertente. Os veículos fazem a captação em quatro cidades (Afonso Bezerra, Apodi, Parelhas e Vera Cruz) para abastecer aos moradores dos locais que não podem contar mais com o serviço de abastecimento da Caern.
Chuvas tiram Santana do Matos do colapso
Mesmo que, de acordo com o Igarn, as chuvas que caem desde o começo deste ano terem provocado pouca melhora na situação das reservas hídricas potiguares, elas já diminuíram a quantidade de municípios em colapso. Isso porque até o último dia 23, eram 16 cidades nesta situação.
Quem se livrou do colapso foi Santana do Matos, no Central Potiguar. De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn), choveu 297,5 mm no município desde o começo do ano. As chuvas fizeram com que o açude Rio da Pedra, que abastece a cidade, recebesse 1 milhão de metros cúbicos de água.
Assim, o açude que estava com 0,08% do volume total atingiu 8,62% da capacidade, que é de 13 milhões de metros cúbicos. Os dados são do Igarn.
Ações emergenciais
A Caern também trabalha com ações emergenciais como a construção de uma nova adutora para captação da água do volume morto da barragem Armando Ribeiro Gonçalves, que atualmente, segundo o Igarn, está com 10,99%, o que corresponde a 263,688 milhões de metros cúbicos. Anteriormente às chuvas, estava com 10,84% da capacidade.
Lista de Municípios em colapso de abastecimento d’água
  1. Almino Afonso;
  2. Francisco Dantas;
  3. João Dias;
  4. José da Penha;
  5. Luiz Gomes;
  6. Marcelino Vieira;
  7. Paraná;
  8. Pilões;
  9. Rafael Fernandes;
  10. São Miguel;
  11. Tenente Ananias;
  12. Patu;
  13. Messias Targino;
  14. Cruzeta;
  15. Jardim do Seridó
 *Portal No Ar






PGR recorre de decisão que beneficia servidores efetivados sem concurso na Assembleia do RN
Raquel Dodge pede reconsideração ou submissão do recurso ao colegiado do STF (Foto: José Cruz, Agência Brasil)
O Ministério Público Federal pediu que o ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), reconsidere a decisão indeferiu a demissão dos 163 servidores efetivados na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte sem realização de concurso. O pedido é da procuradora-geral da república, Raquel Dodge.
A procuradora-geral propõe a reconsideração, ou a submissão do recurso ao colegiado do STF, já que a decisão foi monocrática, somente do ministro Barroso.
“A presente reclamação foi proposta pela Procuradoria-Geral da República, contra atos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte de enquadramento de servidores transferidos de órgãos e entidades diversos e pessoas ocupantes exclusivamente de cargos comissionados em cargos efetivos de sua estrutura, sem prévia realização de concurso público”, explica Dodge.
O ministro Roberto Barroso indeferiu um pedido de tutela antecipada, que pedia a demissão dos servidores. Contudo Raquel Dodge argumenta que o pedido se ampara na lei e que, portanto, deve ser considerado pelo magistrado. “Convém, inclusive, mencionar que casos semelhantes já foram contemplados com liminar”, defendeu a procuradora.
Raquel Dodge disse ainda que não há dúvidas de que a permanência dos servidores gera dano ao erário. “Inexistem dúvidas de que a persistência desses atos viciados por inconstitucionalidade manifesta resultará em dano ao erário, que provavelmente não se verá ressarcir dos pagamentos indevidos, havendo de considerar-se o dano inverso decorrente do indeferimento da medida liminar”, explica. *G1 RN





Sesap alerta para necessidade de prevenção a LER/DORT; veja sintomas e tratamento
Depois de passar horas realizando uma mesma atividade, sem intervalos para descanso, quem nunca reclamou de sentir cansaço muscular ou dor nos membros superiores e nos dedos, às vezes até com dificuldade para movimentá-los. Sem perceber a pessoa pode estar no caminho para desenvolver uma LER/DORT.
Lesões por Esforços Repetitivos (LER), ou Distúrbios Ósteo Musculares Relacionados ao Trabalho (DORT) são hoje um grande problema de saúde pública. E para alertar sobre o problema, desde o ano 2000 a Organização Internacional do Trabalho (OIT) instituiu o dia 28 de fevereiro como o Dia Mundial do Combate às LER/DORT.
E para lembrar a data, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) estará no período de 5 a 7 de março fazendo ações em call centers da Grande Natal. De acordo com o Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST/RN), os profissionais do telemarketing foram escolhidos por ser uma categoria das que mais adoecem. Devido aos esforços repetitivos, a sobrecarga de trabalho e a pressão por produção. Além dos operadores, entram também nesse grupo, digitadores, secretárias e profissionais que atuam no comércio e em bancos.
Das doenças relacionadas ao trabalho, de acordo com a Sesap, as LER/DORT são o 4° maior agravo responsável por afastamentos temporários, ou até mesmo permanentes, do mercado de trabalho. De 2006 a 2018 foram notificados aqui no Rio Grande do Norte 608 casos das doenças. Ficando atrás apenas dos acidentes com material biológico (8467), acidente de trabalho grave (4716) e transtornos mentais (759). Em 2017 foram 46 casos notificados de LER/DORT, destes 19 eram da cidade de Caicó.
Por outro lado, de acordo com CEREST/RN, os dados podem fugir a realidade do estado, pois ainda há um número de subnotificação, onde a maioria das pessoas não buscam os serviços de saúde e na maioria das vezes não conseguem identificar essas síndromes. Algumas são bem conhecidas como a lombalgia, síndrome da tensão cervical, bursites, síndrome do túnel do carpo, as tendinites, entre outras.
Os trabalhadores que são acometidos por LER/DORT precisam procurar tratamento adequado o mais rápido possível. Antes que o problema se torne irreversível. Como dicas de prevenção, o Cerest orienta que para cada 50 minutos de atividades repetitivas, o trabalhador deve ter uma pausa por 10 minutos para um descanso, além disso, deve realizar continuamente alongamentos dos punhos, braços e coluna. E o mais importante, ficar atento à postura.
SINTOMAS
Os principais sintomas são: dor nos membros superiores e nos dedos, dificuldade para movimentá-los, formigamento, fadiga muscular, alteração da temperatura e da sensibilidade, redução na amplitude do movimento, inflamação. Na maioria das vezes, esses sintomas estão relacionados com uma atividade inadequada não só dos membros superiores, mas de todo o corpo.
TRATAMENTO
De acordo com o fisioterapeuta Elielton Pedroza dos Santos, o tratamento dependerá da fase ou grau da LER/DORT. E tem por objetivo melhorar a qualidade de vida do paciente, propiciar alívio dos sintomas e recuperar a capacidade de trabalho. “Como recursos terapêuticos podem ser utilizados medicamentos (indicação médica), terapias alternativas como acupuntura e a fisioterapia convencional que envolve eletroterapia, termoterapia, crioterapia, cinesioterapia, hidroterapia entre outros. Terapia manual (manipulação vertebral e de segmentos do corpo), terapias corporais e psicoterapia. E se for caso, procedimentos cirúrgicos”, orienta.





Bebê doado em caixa de sapato virou juiz em João Pessoa, na Paraíba
Era uma pequena caixa de sapato. Dentro, havia um menino com poucos dias de vida. A mãe segurava firme a acomodação improvisada e oferecia a criança a quem passava. Aquele foi o último encontro entre ela e o filho. No mesmo dia, o bebê foi entregue a uma desconhecida. A doação aconteceu em uma praça, no centro de João Pessoa, na Paraíba. Daquele dia em diante, o bebê recebeu abrigo, alimento, educação e amor de uma outra família. José Fernando Souza gosta de contar essa história em suas andanças. Ele é a criança da tal caixa de sapato. Está hoje com 58 anos. Tornou-se juiz.
José Fernando foi o único filho de uma dona de casa e de um policial militar, hoje falecidos. Não teve fartura material em casa. Mas lembra da dedicação e do carinho dos pais que lhe abrigaram. E isso faz toda a diferença para qualquer criança, defende. O juiz costuma ser chamado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) para contar sua trajetória nas palestras do Programa Eleitor do Futuro, uma iniciativa cujo objetivo é abordar junto a estudantes de escolas públicas temas como a história do voto no Brasil, a participação cidadã e a formação de um jovem crítico. “Na palestra, coloco a história da caixa de sapato como se não fosse a minha história. Relato o caso de uma senhora que vem do interior da Paraíba e vai morar na capital. Ela, muito pobre e sem o marido, que tinha ido para São Paulo, engravidou de um homem casado. No final, conto que eu sou a criança entregue para adoção.”
A ideia de José Fernando é propagar o que ele chama de estímulo a jovens sem muita perspectiva de futuro diante das dificuldades impostas pela pobreza. “Se eu, que fui pego em uma caixa de sapato na rua, consegui superar os obstáculos da vida e cheguei a juiz, muitos jovens também conseguem se tiverem um objetivo. Tudo o que meus pais me dedicaram foi fundamental. Mesmo pobres, oportunizaram para mim tudo o que estava ao alcance deles. Sempre senti muito amor deles.”
Antes de tornar-se juiz da Infância e Juventude de Caruaru, onde mora hoje, José Fernando foi juiz da Vara da Fazenda, na mesma cidade, e analista judiciário no Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba. Quando veio morar em Pernambuco, tinha 34 anos e já estava casado com Maria de Lurdes Ferreira, com quem teve três filhos, dois advogados e uma médica.
José Fernando não voltou a encontrar a mãe biológica. Nunca sentiu vontade. Nem mesmo mágoa. “Como ter raiva de alguém que não te matou, não te jogou no rio, ficou ali nove meses contigo na barriga, teve as dores do parto, pariu e deu para alguém criar? Ela se viu grávida de um homem casado, não podia voltar para o interior naquelas condições. Era década de 1960. Seria apedrejada em praça pública.”
Hoje, as mães que, por algum motivo, não desejam exercer a maternidade de uma criança podem entregar o bebê nas Varas da Infância dos municípios onde moram sem serem criminalizadas pelo ato. O abandono em via pública, no entanto, é crime. Onde atua, José Fernando encontra histórias parecidas com a sua. Na semana passada, participou de mais uma audiência envolvendo uma mulher que entregou o filho para adoção. “Se a pessoa nos procura espontaneamente, é recebida. A única coisa que posso esperar é que apareça alguém bem intencionado para levar a criança para casa. Eu sou um grande incentivador da adoção.”
José Fernando ainda tem três anos de magistratura pela frente. Diz que deseja continuar fazendo algo valioso para o próximo. A Vara da Infância e Juventude, diz ele, tem sido o canal para atingir seu objetivo. “É uma porta que Deus me oportunizou. Como juiz da Fazenda, vivia confortável, sem enfrentar qualquer tipo de problema social. De repente, tudo mudou”, lembra. Porque a felicidade e a realização nem sempre fazem morada onde parece óbvio. *Correio Braziliense




Depois de 12 anos, STF condena deputado da máfia dos sanguessugas
BRASÍLIA — Em maio de 2006, a Polícia Federal deflagrava a Operação Sanguessuga, com dezenas de mandados de prisão expedidos e a estimativa de que as fraudes chegavam a R$ 110 milhões — uma cifra impressionante em uma era pré-Lava-Jato. Somente nesta terça-feira, quase 12 anos depois, um dos capítulos da história foi encerrado, com a condenação no Supremo Tribunal Federal (STF) do deputado Nilton Capixaba (PDT-RO) por corrupção passiva. A pena imposta a ele foi de seis anos e dez meses, em regime semiaberto.
O caso é um dos exemplos de como uma investigação pode se arrastar anos a fio antes de chegar a uma conclusão. A ação penal foi aberta no STF em setembro de 2011. Somente agora foi realizado o julgamento final. E a decisão não implica em cumprimento imediato da pena: o parlamentar ainda tem o direito de continuar em liberdade até que o tribunal julgue os chamados embargos de declaração, um tipo de recurso que serve para esclarecer eventuais dúvidas sobre a sentença, mas não costuma reverter condenações.
A decisão foi tomada pela Segunda Turma do STF. Ao mesmo tempo, na Primeira Turma, localizada no andar de baixo, a outra metade de ministros da corte tomava outra decisão sobre a máfia dos sanguessugas: era recebida denúncia e aberta ação penal contra o senador Wellington Fagundes (PR-MT).
O caso é ainda mais arrastado. O inquérito chegou ao STF em 2006 e era o mais antigo da corte ainda em tramitação. Agora, foi transformado em ação penal. Fagundes será investigado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A Operação Sanguessuga investigou fraudes em licitações na compra de ambulâncias. Nilton Capixaba teria destinado emendas para a compra de ambulâncias que beneficiaram a empresa Planam. De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, o parlamentar recebia, em troca, um percentual dos repasses em propina.
A defesa de Capixaba disse que o deputado limitou-se a apresentar as emendas, e que não pode ser agora responsabilizado por eventuais desvios.
Wellington Fagundes (PR-MT) teria participado do esquema de desvio de dinheiro entre 2001 e 2006, quando era deputado federal. Ele também teria destinado emendas parlamentares para a compra de ambulâncias superfaturadas da empresa Planam por municípios mato-grossenses. *O Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário