Seu manel e Seu Antônio, os Humoristas da Serraria, estão ganhando destaque com grande número de fãs
Agricultores fizeram um canal no YouTube para contar a rotina na zona rural e atingiram mais de 300 mil inscritos (Foto: Reprodução/Inter TV Costa Branca/Flávio Soares)
Um grupo de agricultores do interior do Rio Grande do Norte fez um canal no YouTube para contar o dia a dia da comunidade rural do sertão nordestino, e os vídeos têm feito sucesso. São mais de 300 mil inscritos no canal Humorista da Serraria Ofc, com postagens que atingem a mais de 3 milhões de acessos.
Depois que a internet chegou na localidade de Serraria, na zona rural do município de João Dias, os moradores não desgrudam mais do celular. O tempo livre de crianças e adultos é dedicado a horas navegando pela rede.
Mas é a rotina do campo que prende a atenção de todos por lá, e na internet eles também são protagonistas. Os agricultores Valdo de Oliveira, Arnaldo de Oliveira, Antônio Roberto e Vitor César se transformam nos personagens Seu Mané, Seu Antônio, Benedito e Joaquim, nos vídeos que produzem para contar o dia a dia da população que vive na zona rural.
“Eu queria mostrar pra o povo lá do Sul como é a vida da gente aqui, no sertão do Nordeste”, explica Valdo, que foi quem teve a iniciativa de iniciar as gravações.
A turma aborda histórias de seu cotidiano de forma engraçada. Apesar da pouca técnica e qualidade dos vídeos, o canal tem ganhado fãs. Um deles até doou um celular para os agricultores, para melhorar a resolução dos curtas.
O material é editado por um próprio morador de Serraria, Itamar Oliveira, que se interessa mais pela parte técnica da produção. Em seguida eles são postados no YouTube e compartilhado nas redes sociais. Os agricultores já estão famosos na região, e não pensam em parar tão cedo, segundo Valdo de Oliveira. “Tem muita história daqui pra gente contar. Quanto mais vídeo a gente faz, mais ideia tem pra fazer”. *G1 RN
Em meio a “crise”, Governo do RN cria auxílio de R$ 1.500 para servidores do Gabinete Civil
Os servidores do Gabinete Civil do governador do Estado, Robinson Faria, passaram ter dois benefícios: os auxílios para alimentação e para a saúde. Os direitos entraram em vigor desde a publicação no Diário Oficial do Rio Grande do Norte, no último 28.
No total, R$ 1.500 por mês serão concedidos todo mês aos servidores do Gabinete Civil. Esse valor é o resultado da soma de R$ 1.200 correspondentes ao auxílio-alimentação e dos R$ 300 destinados ao auxílio-saúde.
Os atos assinados pela secretária-chefe do Gabinete Civil, Tatiana Mendes Cunha, foram publicados em meio aos atrasos crônicos do pagamento dos servidores do Estado. Os salários não são pagos com regularidade desde 2016.
Confira as portarias publicadas no Diário Oficial
:: Concessão de auxílio-alimentação: https://bit.ly/2IKeoH9
:: Concessão de auxílio-saúde: https://bit.ly/2Nh1SCk
Dólar fecha em alta de 0,87%, cotado a R$ 3,9111
No primeiro pregão do segundo semestre, o dólar fechou em alta ontem (02) de 0,87%, cotado a R$ 3,9111 para venda. A moeda norte-americana fechou o primeiro semestre valorizada em 16,99%.
Apesar de ter anunciado na última sexta-feira (29) que continuará atuando no mercado cambial, o Banco Central não realizou hoje nenhum leilão extraordinário de swap cambial (venda futura da moeda norte-americana) ou leilão de linha (venda com promessa de recompra). Os investidores seguem atentos ao comércio exterior, principalmente com guerra comercial anunciada entre Estados Unidos e China e os efeitos das eleições no Brasil em outubro.
O Ibovespa, índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), fechou neste dia (02) em alta de 0,11%, com 72.839 pontos, invertendo uma tendência de queda na parte da manhã, quando registrava queda de 0,97% na abertura do mercado. Os papéis da Eletrobras e da Petrobras ajudaram no resultado positivo no primeiro pregão do segundo semestre, registrando alta de 1,40% (Petrobras) e 7,16% (Eletrobras).
Ligação para prevenção ao suicídio se torna gratuita em todo o país
É madrugada. Um telefone toca na zona norte de São Paulo. Imediatamente, alguém atende: “CVV, boa noite, gostaria de conversar?”
Buscar ajuda por telefone se tornou inteiramente de graça. Desde este domingo (1º), o número do Centro de Valorização da Vida (CVV), o 188, está disponível em todo o território nacional graças a uma parceria com o Ministério da Saúde.
Desde 2017, o telefone já era acessível a 23 estados brasileiros. As exceções eram Bahia, Maranhão, Pará e Paraná. ??
O CVV, órgão sem fins lucrativos que funciona desde 1962, é dedicado a escutar qualquer pessoa que esteja passando por dificuldades, funcionando como uma prevenção ao suicídio. Em 2017, recebeu cerca de 2 milhões de ligações. Neste ano, espera ultrapassar 2,5 milhões.
Segundo Félix Flor, servidor público e voluntário há 4 anos, as pessoas procuram a instituição porque precisam desabafar e contar histórias que, muitas vezes, amigos e familiares não aguentam mais ouvir.
“Imagina a caminhada que essa pessoa já deve ter feito para pegar o telefone e falar sobre suas angústias para uma pessoa que ela não conhece”, diz Antônio Batista, voluntário há 18 anos, “Falar do seu íntimo não é uma coisa tão simples”.
O suicídio, segundo Esther Hwang, psicóloga e pesquisadora da USP, é uma questão de saúde pública. “É reflexo de uma sociedade doente, e não necessariamente de uma pessoa doente”, diz. Segundo o Ministério da Saúde, todos os dias cerca de 30 pessoas tiram a própria vida no Brasil.
Para os voluntários do CVV, o suicídio, em si, é uma ação impulsiva, mas há um processo por trás do ato: isolamento, desistência de hobbies, falta de contato com a família e amigos podem ser interpretados como sinais. Depressão e o abuso de álcool e drogas também exigem atenção.
“Se a pessoa diz que vai embora, que quer sumir, que um dia vai acabar com tudo, é preciso ficar atento”, diz Elaine Macedo, gestora institucional e voluntária há 23 anos.
Segundo a Organização mundial da Saúde (OMS), os idosos correspondem à faixa etária de maior risco para o suicídio. No Brasil, a taxa de mortalidade entre pessoas com mais de 70 anos chegou a 8,9 a cada 100 mil habitantes entre 2011 e 2015.
Todos os voluntários aconselham a mesma coisa: o idoso precisa sentir que é importante para alguém, mesmo que esse alguém lhe dê apenas um “boa noite”.
A taxa de suicídio também é alta entre os jovens: é a quarta maior causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos no Brasil. Dentre os adolescentes que contatam o CVV, muitos expõem histórias de conflitos com os pais, amigos e preocupações com a escola.
Já os jovens adultos relatam o medo de não conseguir um emprego, falam sobre relacionamentos complicados e sobre sua própria solidão.
“Os dias da semana também influenciam nas ligações”, diz a voluntária Elaine. “A noite de sexta-feira, quando o jovem ‘deveria’ ir pra balada, mas se sente sozinho, é diferente de uma noite de um domingo, quando as pessoas estão preocupadas com questões relacionadas ao emprego”, diz.
Além do número 188, o CVV disponibiliza atendimentos presenciais, por chat e por email. Segundo a OMS, 90% dos casos de suicídio poderiam ser prevenidos.
Quem deseja ser voluntário do CVV precisa primeiro passar por um treinamento de cerca de 3 meses. Depois, é instalado em um posto da instituição para fazer um plantão de quatro horas por semana via telefone, chat ou email.
Além dos plantões, há um grupo de apoio para o voluntário que se reúne uma vez por mês. ”Ao entrar em contato com a história de uma pessoa, você também começa a se conhecer e pode se sentir tocado”, diz Antônio.
Para não levar o peso das ligações para casa, os voluntários conversam entre si, principalmente durante as trocas de plantão, e tentam espairecer entre uma ligação e outra.
“Sempre há ligações que nos tocam mais, mas o nosso preparo como voluntário nos ajuda a separar as coisas”, diz Elaine.
Na rede pública de saúde, quem precisa de ajuda psicológica pode recorrer aos serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), tais como os 2.555 CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), que atendem transtornos psíquicos e dependência de álcool e outras drogas.
Se necessário, os pacientes são encaminhados para leitos de saúde mental em hospitais gerais.
O Ministério da Saúde pretende atingir a meta de reduzir em 10% os óbitos por suicídio até 2020.
“O CVV foi criado com a intenção de que um dia deixe de existir”, diz Elaine. “Em um dia que a sociedade seja tão solidária e fraterna que ninguém precise ligar para uma instituição para dizer que está sofrendo. *Folha de São Paulo
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