O Banco Central confirmou a expectativa dos economistas e acelerou o ritmo de corte do juro. Diante da inflação menos intensa e da fraqueza da atividade econômica, a taxa básica foi reduzida ontem em 1 ponto porcentual, para 11,25% ao ano. Essa foi a quinta redução consecutiva e o BC avalia que o novo ritmo é “adequado no momento”. O presidente Michel Temer comemorou. “Vai ajudar a acelerar o crescimento econômico e a gerar empregos”.
A decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) mostra que o BC está confortável com a desaceleração dos preços e a percepção majoritária no mercado financeiro de que a inflação deverá ficar abaixo do centro da meta em 2017 (ou seja, abaixo de 4,5%) e em torno dessa referência em 2018.
Com esse cenário, a tesoura avançou sobre a taxa Selic em um ritmo não visto há quase oito anos. O último corte de juro de 1 ponto foi em junho de 2009, quando o mundo tentava se desvencilhar do estouro da crise financeira global. Desde o início do atual ciclo de cortes, em outubro do ano passado, o juro já caiu 3 pontos porcentuais. *Estadão
A seca que castiga a região Nordeste do Brasil é histórica e apesar das boas chuvas que têm caído no Rio Grande do Norte ultimamente, os produtores e agricultores seguem lutando para que seus plantios possam ser colhidos. O tema de seca tem sido motivo de bastante preocupação para a comunidade da agricultura, em especial, para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do estado (Faern), Zé Vieira, que se disse bastante preocupado não apenas com os efeitos imediatos que a seca gera, mas também com os de longo prazo, como provocar a desistência das atividades dos produtores, algo que pode atingir negativamente a indústria potiguar.
“Enxergo tudo isso com muita preocupação, porque em função de seis anos de seca, muitos produtores não estão conseguindo ter produtividade por conta do clima e isso faz com que eles resolvam abandonar a atividade”, disse Zé Vieira à reportagem do Agora Jornal.
Como consolo, Zé Vieira destacou que o Rio Grande do Norte é muito forte em termos de agricultura irrigada – isto é, utilizando a água como insumo agrícola –, diferentemente da agricultura de sequeiro, em que o plantio é feito em terrenos de baixa pluviosidade. “Temos uma agricultura irrigada muito forte. Temos, por exemplo, a maior produtora de melão no país no Rio Grande do Norte, bem como a maior empregadora rural do Brasil. Entretanto, quanto à agricultura de sequeiro já não é a mesma coisa. Há essa frustração por conta da seca”, destacou.
Nesta terça-feira 11, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou um estudo que mostra que, em março, há uma previsão de grãos 25,1% maior em relação a 2016 – 230,3 toneladas. Na tabela que mostra a contribuição de cada estado na produção de cereais, leguminosas e oleaginosa, o Rio Grande do Norte, previsivelmente, aparece como um dos últimos colocados com uma porcentagem de participação de apenas 0.1%. Não por acidente, como explica Zé Vieira.
“É um retrato do Brasil. O Rio Grande do Norte não é produtor de grãos em função de clima. Por causa do semiárido, que acomete 93% de nosso estado, isso não é possível. Mas, mesmo assim, ainda existe algum plantio, principalmente quando o assunto é a subsistência. O agricultor familiar, por exemplo, planta milho, mas é para consumo próprio, não é para comercialização. A única produção de milho verde que temos é irrigada. O Rio Grande do Norte está no sexto ano de seca. Esta é uma situação muito grave e, infelizmente, não temos perspectiva de termos boas safras de grãos no estado”, explicou o presidente da Faern.
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