Emprego em facções têxteis livra trabalhadores da dependência de Bolsa Família
Os trabalhadores do programa Pró-Sertão querem unicamente seguir com o trabalho. Foi o que a reportagem do PORTAL NO AR pôde constatar em Parelhas, no Seridó. No município, antes de ingressarem nas facções têxteis, muitos nunca haviam trabalhado com a carteira assinada e dependiam de programas assistenciais, como Bolsa Família.
O município visitado pela reportagem no dia 05 de Outubro de 2017, tem em torno de 13 facções que hoje viraram a principal fonte de renda em uma terra castigada pela seca e que vê as cerâmicas, que garantiam o sustento de grande parte da população, cada vez mais em crise.
“O funcionamento do Pró-Sertão é muito importante para a cidade. Esse programa foi um incremento para a economia do município que não trabalhava com o ramo da indústria têxtil. A preocupação do MPT deveria ser com tudo o que deu certo”, declarou o prefeito Alexandre Petronilo, do PMDB.
“É um desastre. O que tinha, investi aqui na minha fábrica. Não me vejo trabalhando em outra área”, disse o empresário Ivanildo Santos, da HI confecções, sobre o risco de seu negócio afundar em crise. Ele gera em torno de 30 empregos. Vagas ocupadas por pessoas que não conseguem ver alternativa caso percam a ocupação.
José Hércules trabalha na facção há mais de dois anos quando lutava para encontrar um emprego num município carente de oportunidades. “Não sei qual é o propósito por trás de tudo isso. O que sei é que se as facções pararem prejudica a economia da cidade e as famílias”, comentou.
Horário de verão 2017 começa neste domingo; moradores de 10 estados e DF devem adiantar relógio em 1 hora
O horário de verão de 2017 começa na primeira hora do próximo domingo (15). À meia-noite de sábado, os moradores de 10 estados e do Distrito Federal devem adiantar o relógio em uma hora.
O ajuste vale para as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal) e vigora até 18 de fevereiro do ano que vem.
Com isso, o horário no leste do Amazonas e nos estados de Roraima e Rondônia fica duas horas atrasado em relação ao de Brasília, enquanto oeste do Amazonas e Acre ficam três horas atrás.
O horário de verão foi instituído com o objetivo economizar energia no país em função do maior aproveitamento do período de luz solar.
A medida foi utilizada pela primeira vez em 1931 e depois em outros anos, sem regularidade. Em 2008, ganhou caráter permanente e passou a vigorar do terceiro domingo de outubro até o terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte.
Fim do horário?
O governo federal chegou a avaliar o fim do horário de verão neste ano, depois que um estudo do Ministério de Minas e Energia indicou que o programa vem perdendo efetividade.
A análise mostrou que a intensidade de consumo de energia elétrica estava mais ligada à temperatura do que ao horário, com picos nas horas mais quentes do dia.
Porém, o Brasil enfrenta um período de estiagem, com hidrelétricas com níveis de água reduzidos, o que vem obrigando o governo a ligar as termelétricas (de operação mais cara) e até mesmo a importar energia de outros países.
Nesse cenário, qualquer economia de eletricidade é bem-vinda. Por isso, o governo decidiu manter o horário de verão em 2017. Para 2018, o assunto ainda será analisado.
Oficializada manutenção dos bancos postais no RN
Agora se tornou oficial a manutenção dos 174 bancos postais que prestam serviço bancário no Rio Grande do Norte e no país. O Banco do Brasil e os Correios formalizaram o acordo e até 31 de janeiro devem concluir os entendimentos sobre os custos para atender às exigências legais quanto a itens de segurança, obrigatórias para as agências funcionarem. Em todo o Brasil, são 1,9 mil pontos de atendimento em 11 estados.
“É uma luta nossa que começou com o anúncio de que os bancos fechariam as portas e só termina quando a manutenção se tornar, de fato, definitiva. Temos esses meses já garantidos, que é o tempo para que banco e Correios cheguem a um acordo final”, destaca o deputado federal Fábio Faria (PSD-RN), que tem defendido este pleito junto ao ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, e ao presidente dos Correios, Guilherme Campos, em defesa de vários municípios potiguares.
Desde julho deste ano, vários bancos postais interromperam os atendimentos por falta de vigilância armada. Caiu para 118 o número de agências abertas no Estado, o que prejudicou a economia e a rotina das cidades, já que 60% dos municípios potiguares têm o banco postal como único prestador de serviços bancários. Enquanto não se chega a um acordo definitivo, está garantido o repasse de R$ 8 milhões mensais para manter os contratos e as unidades em atendimento no Estado.
Quatro são mortos em menos de duas horas na região Oeste potiguar
Quatro pessoas foram mortas em menos de duas horas na região Oeste potiguar na noite desta quinta-feira (12). Três foram assassinados em Mossoró e um em Areia Branca. Ninguém foi preso.
O primeiro caso aconteceu por volta das 20h30, segundo a PM. Um homem, ainda não identificado, foi encontrado baleado no bairro Santo Antônio. Pessoas que viram o homem ferido ainda o socorreram para uma UPA, mas ele não resistiu.
Uma hora depois, em Areia Branca, a vítima foi Pedro Lucas da Silva, mas conhecido como Luquinha, de 17 anos. Segundo o 1º tenente Abrantes, comandante da PM no município, o adolescente foi baleado na cabeça. Testemunhas disseram que viram um casal fugindo em uma motocicleta, perto do Mercado Público, logo após os disparos. Luquinha ainda foi socorrido para o Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró, mas também não resistiu.
Duplo homicídio
Mais tarde, já por volta das 22h, dois adolescentes, ambos de 17 anos, foram mortos a tiros próximo ao aeroporto de Mossoró. Segundo a PM, os dois saíram de casa para ir até a casa da avó de um deles, no bairro Belo Horizonte.
Os dois foram encontrados com marcas de tiros na cabeça. Ao lado dos corpos, estava uma moto. Ainda não há informações sobre os assassinos ou motivação do crime. Os adolescentes não tinham passagem pela polícia.
A Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Mossoró vai investigar os casos.
Crescimento do Brasil será maior em 2017 e 2018, projeta FMI
O Brasil foi um dos destaques positivos do relatório “Perspectivas Econômicas Mundiais” (WEO, na sigla em inglês), divulgado na manhã desta terça-feira em Washington. Juntamente com a Rússia, o país foi o que registrou maior variação positiva para as previsões de crescimento no grupo das 16 nações destacadas pelo Fundo. De acordo com a instituição, o país crescerá 0,7% neste ano e 1,5% em 2018, valores, respectivamente, 0,4 ponto percentual e 0,2 ponto percentual que o estimado na última previsão, divulgada em julho.
“No Brasil, o forte desempenho das exportações e um menor ritmo de contração na demanda doméstica permitiram que a economia voltasse a crescer positivamente no primeiro trimestre de 2017, após oito trimestres de declínio”, informou o documento, que ainda responsabiliza a retomada a “uma safra abundante e um impulso para o consumo, inclusive com a permissão dos trabalhadores aproveitarem os recursos do FGTS.”
O Fundo, contudo, afirma que a incerteza política ainda afeta a economia brasileira. “A fraqueza contínua no investimento e o aumento da incerteza política” fazem com que, mesmo com o recente aumento das projeções, o crescimento esperado para 2018, de 1,5%, ainda seja 0,2 ponto percentual abaixo do que o estimado pelo FMI em abril, quando — antes do escândalo que abateu o governo de Michel Temer — a instituição esperava que o Brasil fosse crescer 1,7% no próximo ano.
Projeções do FMI para a economia Global
Número entre parênteses mostra diferença entre a previsão passada, de julho, em pontos percentuais
— Nossas projeções trazem um fim da recessão no Brasil. Tivemos dois trimestres consecutivos de crescimento positivo, então o Brasil parece ter entrado em um momento de virada. Por conta da instabilidade em andamento no cenário político, em termos de políticas, nossa perspectiva é bastante fraca. Nós esperamos uma recuperação bem abaixo do esperado daqui para a frente — afirmou Oya Celasun, chefe do departamento de pesquisa do FMI.
Segundo Oya, o Brasil precisa de mais “solidez” em sua situação fiscal antes de retornar a uma fase de maior crescimento, apesar de ter elogiado a aprovação da PEC do teto dos gastos públicos, no fim do ano passado. E, para isso, a reforma da previdência é necessária, em sua opinião:
— O próximo passo importante é aprovar a reforma da Previdência em um tempo razoável, sem muitas alterações a partir do que foi proposto pelo governo — disse Celasun.
Ela ainda afirmou que o Brasil precisa acelerar reformas estruturais para estimular o crescimento potencial, além de aumentar os investimentos em infraestrutura e melhorar o ambiente de negócios, incluindo a alocação de créditos em geral, reformar os bancos estatais e melhorar a eficiência do crédito.
Em nota, o FMI diz ainda informou que “uma reforma gradual da confiança — como reformas fundamentais para garantir a sustentabilidade fiscal serão implementadas ao longo do tempo — deverá aumentar o crescimento para 2% no médio prazo”.
“No Brasil, abordar a questão das despesas insustentáveis, inclusive com a reforma do sistema de aposentadoria, é prioridade para restaurar a confiança e promover o crescimento sustentado do investimento privado.”
O fundo ainda alertou em suas projeções que o desemprego deve fechar 2017 em 13,1% e em 2018 ficará em 11,8%. Por outro lado, a inflação deve fechar 2017 em 3,7% e alcançar 4% no próximo ano. O FMI ainda indica que o real se depreciou em mais de 4% com a flexibilização da política monetária e as preocupações com a agenda de reformas — que foram afetadas pela crise política.
A melhoria no ambiente de negócios no Brasil também foi destacado, bem como os esforços para promover uma redução da corrupção:
“As ações decisivas para melhorar a governança e o estado de direito ajudam a controlar a corrupção, fortalecendo a confiança das empresas e aumentando o investimento em alguns países (por exemplo, Brasil, México e Peru). O fortalecimento das instituições também pode ajudar a reduzir as percepções de risco do país e atuar como uma força de compensação contra um possível aperto das condições financeiras globais”, afirma o documento do Fundo, que ainda elogiou os esforços do Brasil para fazer deslanchar seu programa de concessões na área de infraestrutura.
O Globo
Consumo excessivo de carne está devastando o planeta, diz relatório
O contínuo e crescente consumo de carne vêm causando impacto devastador no meio ambiente, alerta novo relatório da ONG WWF. Os danos são resultado da plantação para alimentar os animais, aponta o documento. A vasta escala de crescimento na colheita de produtos como soja para alimentar frangos, porcos e outros animais causa uma forte pressão em cima dos recursos naturais, levando a perda em grande escala de terra e espécies, de acordo com o estudo.
A agricultura intensa e industrial também resulta em comida menos nutritiva, revela o documento, destacando que seis frangos criados hoje para consumo humano têm o mesmo percentual de ômega 3 encontrado em apenas um na década de 1970.
O estudo “Apetite por destruição”, divulgado nesta quinta-feira, em uma conferência em Londres, alerta para a grande quantidade de terra necessária para o cultivo usado para alimentar animais e cita algumas das áreas mais vulneráveis, como Amazônia, a bacia do Congo e os Himalaias.
A produção de soja atual está em tão alta escala que a média europeia de consumo é de cerca de 61kg por dia, consumidos indiretamente graças a ingestão da carne de animais como de frango, salmão e produtos como queijo, leite e ovos. Se a demanda por carne aumentar como o esperado, o documento diz, a produção de soja cresceria, até 2050, algo perto de 80%.
“O mundo está consumindo mais proteína animal do que precisa e isso está causando um efeito devastador na vida selvagem”, disse Duncan Williamson, gerente de políticas alimentares da WWF.
“Um assombroso índice de 60% de perda da diversidade global é graças a comida que comemos. Sabemos que muitas pessoas estão conscientes que uma dieta baseada em carne tem um impacto em água e terra, assim como causando aumento da emissão de gases de efeito estufa, mas poucos sabem que a maior questão vem da plantação baseada na alimentação desses animais”, acrescentou ele.
O Globo
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