OMS fará reunião sobre Zika e Olimpíada; Brasil minimiza riscos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta terça-feira que irá reunir especialistas na próxima semana para discutir sobre o surto de Zika, incluindo seu impacto nos Jogos Rio 2016, num momento em que novas pesquisas sugerem apenas um pequeno risco de infecção na Olimpíada e o Brasil minimiza a possibilidade de transmissão do vírus no evento de agosto.
O encontro emergencial marcado para 14 de junho será o terceiro da OMS sobre o Zika vírus. Esses painéis são realizados a cada três meses para analisar novas evidências e considerar se o Zika, ligado a uma má-formação congênita, deve ainda ser classificado como emergência de saúde internacional.
A reunião acontece em meio a crescentes preocupações sobre a realização da Olimpíada no Brasil, país mais atingido pelo Zika. Autoridades brasileiras confirmaram mais de 1.400 casos de microcefalia em bebês cujas mães foram infectadas pelo Zika durante a gravidez. A OMS aconselhou que mulheres grávidas evitem viajar a áreas onde há surto do Zika e que homens infectados ou expostos ao vírus pratiquem sexo seguro, ou se abstenham, por até seis meses.
O grupo de especialistas independentes, que declarou emergência internacional para o Zika em 1º de fevereiro e se reuniu pela última vez em 8 de março, irá "analisar evidências sobre a Olimpíada e provavelmente revisar o guia de viagens sobre ela", disse o porta-voz da OMS Christian Lindmeier.
O comitê organizador dos Jogos afirmou que não houve nenhum caso de infecção de Zika entre os 17 mil atletas, voluntários e autoridades durante os eventos-teste para a competição.
O governo brasileiro reiterou que o clima mais frio no qual será realizado o evento diminui a possibilidade de transmissão do vírus e que segue cooperando com organizações internacionais.
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