Conheça os nomes já confirmados para equipe ministerial de Bolsonaro
Duas semanas depois do segundo turno, o presidente eleito Jair Bolsonaro confirmou sete nomes da sua equipe ministerial. Alguns escolhidos atuam diretamente no governo de transição. Nas declarações públicas, Bolsonaro avisou que pretende reduzir de 29 para de 15 a 17 o número de ministérios, extinguindo pastas e fundindo outras.
Já foram confirmados nos respectivos cargos os seguintes nomes:
Onyx Lorenzoni – deputado federal pelo DEM do Rio Grande do Sul, assumirá a Casa Civil. Por enquanto atua como ministro extraordinário da transição;
General Augusto Heleno Ribeiro Pereira – oficial da reserva, assumirá o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). É chamado de “conselheiro” pelo presidente eleito;
Paulo Guedes – economista que acompanhou Bolsonaro durante a campanha, ocupará o Ministério da Economia (unindo Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio);
Sérgio Moro – juiz federal, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, assumirá o Ministério da Justiça (fusão com a Secretaria de Segurança Pública e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf);
Marcos Pontes – astronauta e próximo ao Bolsonaro, ficará à frente do Ministério de Ciência e Tecnologia, que deverá agregar também a área do ensino superior;
Tereza Cristina – deputada federal pelo DEM do Mato Grosso do Sul, engenheira agrônoma e empresária do agronegócios, assumirá o Ministério da Agricultura;
General Fernando Azevedo e Silva – é militar da reserva e atuou como assessor do presidente do Superior Tribunal Federal, Dias Toffoli. Assumirá o Ministério da Defesa. *Agência Brasil
Câncer de próstata mata um brasileiro a cada 38 minutos
No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca). A organização aponta ainda que o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, e o Ministério da Saúde calcula que ele causa a morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas no Brasil. Esse tipo é considerado como um câncer que acomete mais pessoas da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O Inca estima ainda a ocorrência de 68 mil casos novos em 2018 no Brasil, mostrando tendência de aumento das taxas de incidência, que pode ser explicada pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.
A próstata é uma glândula que só o homem tem e que se localiza na parte baixa do abdômen, logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual. O órgão envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada – por isso os primeiros sintomas do tumor são a dificuldade de urinar, frequência urinária alterada ou diminuição da força do jato da urina, dentre outros. Na fase inicial, por ter poucos sintomas, o câncer de próstata pode evoluir, na maioria dos casos quando o homem procura atendimento por apresentar os sinais, já estão em fase avançada, dificultando a cura. Na fase avançada, os sintomas são: dor óssea; dores ao urinar; vontade de urinar com frequência e presença de sangue na urina e/ou no sêmen.
Os tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos, podendo levar à morte. Contudo, a grande maioria cresce de forma lenta, não apresentando sinais e sintomas, o que faz com que os homens não busquem atendimento médico e negligenciem a saúde. Essa falta de cuidado pode prejudicar também o tratamento e a sobrevida. Por essa razão é importante fazer exames anuais da próstata.
O urologista Carlos Eduardo Chaves, da Liga Norte Riograndense Contra o Câncer e da clínica Pneumocentro, elencou quem está mais vulnerável ao câncer de próstata. “O histórico familiar é o principal fator de risco. A obesidade é motivo de ameaça geral para todo tipo de câncer. Além disso, as estatísticas mostram a raça negra mais vulnerável à essa doença. Isso porque a Vitamina D reduz os riscos do câncer, e pessoas negras possuem maior carência de Vitamina D”, contou.
Como os homens devem se cuidar?
Homens a partir dos 50 anos devem procurar um serviço de saúde para realizar exames de rotina. O toque retal é o teste mais utilizado, apesar de suas limitações: somente a porção posterior e lateral da próstata pode ser palpada. É recomendável fazer o exame PSA (antígeno prostático específico, na sigla em inglês), que pode identificar o aumento de uma proteína produzida pela próstata, o que seria um indício da doença. Para um diagnóstico preciso, é necessário analisar parte do tecido da glândula, obtida pela biópsia da próstata.
De acordo com Carlos Eduardo Chaves, durante a campanha Novembro Azul se aumenta a busca de homens pelo diagnóstico. “A descoberta da doença na fase inicial tem 90% de chance de ser curada”, contou. Hoje, os homens podem até marcar o exame ou consulta sem sair de casa e em poucos cliques, através de aplicativos, como o Bomédico, do qual o urologista faz parte.
O aplicativo pode ser baixado gratuitamente nos sistemas iOS (App Store) e Android (Google Play). O paciente não tem nenhum custo adicional pelos serviços agendados através da plataforma.
Inadimplência sobe 4,22% em um ano e atinge 62,89 milhões de pessoas
Dados apurados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) apontam que o número de inadimplentes cresceu 4,22% no mês de outubro deste ano em relação ao mesmo período de 2017. Em números absolutos, estima-se que 62,89 milhões de brasileiros estejam com o CPF restrito para fazer compras a prazo ou contratar crédito.
De acordo com a pesquisa, o aumento da inadimplência foi puxado pelo Sudeste, cuja alta observada em outubro foi de 13,30%, além de ser a região do país com o maior número de negativados – 26,10 milhões, o que representa 39% da população adulta da localidade.
Nas demais regiões, as altas foram menos intensas, com o Norte registrando 5,31%, a região Sul 4,11%, o Nordeste 3,91%, e o Centro-Oeste 1,61%. Em números absolutos, o Nordeste aparece com 17,42 milhões de negativados, o Sul com 8,48 milhões, o Norte com 5,86 milhões, e o Centro-Oeste com 5,02 milhões.
O indicador revela ainda que pouco mais da metade (52%) dos brasileiros que têm entre 30 e 39 anos estão negativados, o que equivale a 17,9 milhões de consumidores. Na sequência, estão os consumidores de 40 a 49 anos (14,2 milhões); de 50 a 64 (13,1 milhões); de 25 a 29 (7,7 milhões); de 65 a 84 (5,45 milhões); e dos 18 a 24 (4,3 milhões).
Tipos de dívidas
O SPC Brasil calculou também o aumento de pessoas endividadas em determinadas modalidades de serviço. De acordo com a entidade, o crescimento mais expressivo foi o das dívidas bancárias, que incluem cheque especial, cartão de crédito, empréstimos, financiamentos e seguros, cuja alta foi de 7,74%. Também houve alta em atraso de contas com empresas do setor de comunicação (7,56%), enquanto as contas atrasadasd de serviços básicos, como água e luz, sofreram aumento de 4,46%.
Na avaliação do SPC Brasil, a inadimplência do consumidor continua elevada mesmo com o fim da recessão, pois a recuperação econômica segue lenta e ainda não há impacto considerável no mercado de trabalho. A entidade afirma ainda que os consumidores que quiserem gastar com as festas de final de ano devem aproveitar os bônus, como o décimo-terceiro salário, para renegociar suas dívidas em condições mais vantajosas.
O indicador de inadimplência do consumidor reúne todas as informações disponíveis nas bases de dados às quais o SPC Brasil e a CNDL têm acesso. As informações disponíveis referem-se a capitais e interior das 27 unidades da federação. *Agência Brasil
Quedas seguidas no preço da gasolina: mercado vê margens melhores na distribuição; entenda como redução poderia ser ainda maior
O preço médio da gasolina nas refinarias da Petrobras voltou a cair na terça-feira(13), ao menor nível desde o início de abril, enquanto as frequentes reduções nos valores nas últimas semanas não estão sendo repassadas para as bombas, o que indica que distribuidores e revendedores estão recompondo margens.
Conforme a petroleira, o valor do combustível fóssil diminui 0,71 por cento em suas refinarias frente o praticado nessa segunda-feira.
Em novembro, a gasolina da Petrobras já acumula queda de quase 11 por cento. Em relação às máximas vistas em meados de setembro, o tombo é de 26,2 por cento.
Os sucessivos cortes da Petrobras seguem-se ao enfraquecimento do dólar ante o real e das referências internacionais do petróleo, fatores utilizados pela companhia em sua sistemática de reajustes diários.
Nos postos, contudo, o movimento é bem mais tímido. Nas últimas duas semanas, o recuo foi de 1,4 por cento, para 4,658 reais por litro, praticamente estável ante o observado em setembro, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
“Só em novembro, o preço da gasolina caiu mais ou menos 20 centavos nas refinarias. Considerando-se fatores técnicos, de mistura (de etanol anidro), a queda nos postos deveria ser de 14 centavos”, calculou Bruno Valêncio, diretor da consultoria especializada em combustíveis Valêncio.
“Existe uma possibilidade de essa redução (nas refinarias) ter virado margem para as distribuidoras”, avaliou.
Na mesma linha, o diretor da comercializadora Bioagência, Tarcilo Rodrigues, também disse que “o momento é de recomposição de margem da cadeia”.
“A cadeia está tentando segurar essa descida (da gasolina) com o objetivo de recompor margem, tanto a revenda (posto) quanto a distribuição”, afirmou, ressaltando que o valor do etanol anidro, misturado ao derivado do petróleo, não está exercendo influência por ora.
“Embora a participação seja de 27 por cento na base (da gasolina), o etanol anidro também está em queda.”
Com efeito, monitoramento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, mostra que o preço do biocombustível nas usinas de São Paulo, referência para o país, caiu 4,5 por cento nas últimas duas semanas, embora esteja 3,6 por cento acima do alcançado em meados de setembro.
OUTRO LADO
Procurada pela Reuters, a Fecombustíveis, que representa os interesses de cerca de 40 mil postos revendedores de combustíveis do país, disse que o repasse do menor custo nas refinarias “não acontece na mesma velocidade e proporção nas bombas” devido ao funcionamento da cadeia de combustíveis.
“Pelas regras atuais, os postos não podem comprar gasolina e diesel direto das refinarias, compram apenas das companhias distribuidoras, que são responsáveis por toda a logística do abastecimento nacional em todos os estados brasileiros… Os preços da revenda estão ligados diretamente aos preços das companhias distribuidoras, ou seja, se elas reduzirem, os postos, consequentemente, também repassam a redução”, afirmou a entidade, em nota.
“Vale destacar que os preços dos combustíveis são livres em todos os segmentos. A Fecombustíveis não interfere no mercado. Cabe a cada posto revendedor decidir se irá repassar ou não as quedas ao consumidor, de acordo com suas estruturas de custo”, acrescentou.
Também procurada, a Plural, associação que responde pelas distribuidoras, afirmou que “cada litro de gasolina, etanol ou diesel vendido no país tem seu preço composto por cinco parcelas distintas”, sendo estas de custo de produção, de logística, de tributos federais, de tributo estadual e de margem dos distribuidores e dos revendedores.
“A exemplo da gasolina, apenas duas dessas variáveis, custo do produto e tributos, são responsáveis por mais de 80 por cento do preço final, e a margem média dos distribuidores representa menos de 5 por cento”, afirmou a Plural, citando informações da ANP e do Ministério de Minas e Energia.
Conforme a Plural, vários desses custos registraram aumento nos últimos meses.
No caso do ICMS, por exemplo, disse a associação, cada Estado tem sua própria alíquota e seu preço de pauta, que é divulgado a cada 15 dias.
Nos últimos 11 meses o aumento acumulado na média Brasil do ICMS da gasolina foi de 14 por cento, segundo a Plural.
Atualmente, a reguladora ANP realiza uma consulta pública sobre transparência dos preços dos combustíveis nos postos. A expectativa é concluir a regulamentação disso ainda neste ano. *Extra com Reuters
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