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RÁDIO MAROCA

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sábado, 17 de fevereiro de 2018

Rádio Antônio Martins RN - Rádio Maroca Do Grupo Venceslau

Golpe no WhatsApp promete isenção no IPVA; conheça e evite
Grandes eventos sempre são uma boa isca para o cibercrime. O julgamento do ex-presidente Lula, por exemplo, foi a base para uma campanha de disseminação de malware de grande alcance. Agora, outro evento muito presente na vida do brasileiro está sendo usado como isca para fins malignos: o pagamento do IPVA, realizado anualmente nesta época do ano.
Como descobriu a empresa de segurança Kaspersky, a campanha se espalha principalmente pelo WhatsApp, por meio de uma mensagem que promete isenção no pagamento do imposto sobre os automóveis, como parte de um projeto do governo federal (sendo que o IPVA é estadual).
A mensagem vem acompanhada de um link, no qual as vítimas são orientadas a compartilhar o site com seus contatos no WhatsApp até preencher totalmente uma barra de progresso, o que permite que o ataque se espalhe rapidamente entre os usuários do aplicativo.
O WhatsApp, no entanto, não é o único canal de ataque envolvendo também os navegadores do PC por meio de notificações para o Chrome, o browser mais popular entre os brasileiros.
Ataques como este normalmente têm duas formas de prejudicar seus usuários. Uma das possibilidades é solicitar a instalação de um aplicativo no celular, que pode tomar controle do aparelho e transmitir informações como senhas e todos os tipos de dados delicados que o usuário inserir no aparelho. A outra é exibir um formulário no qual as vítimas são induzidas a compartilhar seus dados pessoais em troca de um benefício que nunca vem. Esses dados podem ser vendidos na deep web ou utilizados para benefício próprio.
É difícil dar qualquer dica de proteção que não seja o bom senso. A orientação é sempre tomar cuidado com links recebidos por WhatsApp, especialmente se prometerem algum benefício que possa parecer bom demais para ser verdade. Se algum amigo compartilhar o link, converse com ele para ver o que ele sabe sobre o assunto, porque muitas vezes as mensagens são compartilhadas sem o conhecimento da vítima.
Este tipo de ataque tem se tornado muito comum e, com grandes eventos previstos para o resto do ano como eleições e Copa do Mundo, a tendência é que esse tipo de ataque se torne ainda mais presente na vida dos brasileiros, como explica o analista sênior da Kaspersky Fabio Assolini. O WhatsApp continuará sendo um canal importante para o cibercrime, por ser uma porta de entrada para a internet de um público sem muito conhecimento ou experiência com tecnologia necessários para reconhecer essas armadilhas. *Olhar Digital, UOL






UTILIDADE PÚBLICA: COSERN realiza desligamento de rede em dois bairros de Pau dos Ferros
A Cosern comunica que, para realizar serviços de melhoria na rede elétrica, será necessário interromper temporariamente  fornecimento em várias ruas de três  bairros de Pau dos Ferros.
sábado, 17, das 07h às 11h, no bairro Alto do Açude, Rua José Romualdo de Paiva e adjacências;
domingo, 18, das 07h às 11h, no bairro São Judas Tadeu, Rua Lafayete Diogenes e adjacências;
Caso os serviços sejam realizados antes do horário previsto, a rede será energizada sem aviso prévio.
Fique atento: a Cosern sempre avisa antecipadamente quando precisa realizar desligamento programado na rede elétrica.
· Em caso de falta de energia, a Cosern orienta:
· Enviar um SMS para 26560, informando apenas o número da sua conta contrato. Para facilitar, salve-a no bloco de notas do seu smartphone; ou
· Telefonar para o 116.






Rodovias do RN registram 59 acidentes e 9 mortes durante o carnaval
PRF realiza fiscalização durante operação Carnaval 2018, no RN (Foto: PRF/Divulgação)
As estradas federais e estaduais do Rio Grande do Norte tiveram um total de nove mortes em acidentes durante o Carnaval de 2018, segundo informaram a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Comando de Polícia Rodoviária Estadual (CPRE) nesta quinta-feira (15). Ao todo, foram registradas 59 colisões nas estradas.
O maior número de mortes foi nas rodovias estaduais, cujos acidentes vitimaram sete pessoas. Além disso, 32 boletins de acidentes de trânsito foram registrados nessas estradas, entre a sexta-feira (9) e esta quarta-feira (14).
No caso das sete BRs que cortam o estado, foram registrados 27 acidentes, que deixaram 35 pessoas feridas e dois mortos. Houve um aumento no número de feridos, em relação a 2017, mas redução em quantidade de mortos. No ano passado, houve 28 feridos e cinco mortos.
Fiscalização federal
Durante a operação nas estradas federais foram fiscalizados 4.570 veículos e 5.167 pessoas. 1.752 motoristas foram submetidos ao teste do bafômetro e 66 deles foram autuados. Também foram registradas 1.928 infrações diversas, das quais 296 por ultrapassagens proibidas. Houve ainda prisão de 38 pessoas, sendo oito por embriaguez e 30 por outros crimes.


Além disso, 1.010 veículos tiveram as imagens capturadas por transitarem em excesso de velocidade. Por não falta do uso de cinto de segurança, 57 autuações foram lavradas – a grande maioria motivada pelos passageiros. Outros 15 motoristas foram notificados por transportarem crianças até sete anos e meio de idade, sem as cadeirinhas. 53 motociclistas também foram autuados por não usarem capacete.
Fiscalização estadual
Em todo Estado o CPRE fez barreiras policiais distribuídas nos principais pólos carnavalescos. No total, os militares estaduais fiscalizaram 2.890 veículos e realizaram abordagens pessoais a 1.745 condutores.
Durante o período, foram lavrados 271 autos de infração, com recolhimento de 37 CNH’s e 10 CRLV’s, além do registro de 18 veículos removidos ao Detran. Ainda durante o período carnavalesco, foram realizados 673 testes de etilômetros, registrando a recusa em se submeter ao teste de 40 condutores, os quais foram enquadrados no art. 165 do Código de Trânsito Brasileiro. *G1 RN




Inscrições para concurso da Sesap são prorrogadas até 19 de fevereiro
As inscrições para o Concurso Público da Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) foram prorrogadas até 19 de fevereiro. A informação está publicada no Diário Oficial do Estado (D.O.E) deste sábado (10).
A publicação traz modificações relacionadas a alguns cargos. Para o cargo de Técnico em Enfermagem foi acrescido o requisito do Registro Profissional de Classe e Certidão de Regularidade Profissional, este último também passa a ser requisito para os Enfermeiros.
Para o cargo de Engenheiro de Segurança do Trabalho poderão concorrer os candidatos com curso superior completo em Engenharia ou Arquitetura, desde que possuam especialização em segurança do trabalho. E para o cargo de Médico/Clínico geral a residência médica em clínica geral deixou de ser requisito.
Para se inscrever, os interessados devem acessar o site www.comperve.ufrn.br, preencher o formulário e pagar as taxas exigidas, que é de R$ 80,00 para os cargos de nível médio e R$ 100,00 para os de nível superior. A data prevista para a realização das provas é 25 de março de 2018.
Estão disponíveis vagas para Assistente Técnico em Saúde, Técnico de Biodiagnóstico, Técnico em Enfermagem e Técnico em Radiologia (nível médio); Assistente Social, Enfermeiro, Engenheiro Biomédico, Engenheiro de Seg. do Trabalho, Farmacêutico, Farmacêutico Bioquímico, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, Nutricionista, Psicólogo, Administrador, Contador, Terapeuta Ocupacional, Médico Anestesista, Médico Cardiologista, Médico Cirurgião Geral, Médico Cirurgião Pediátrico, Médico Cirurgião Torácico, Médico Cirurgião Vascular, Médico Clínico Geral, Médico Endoscopista, Médico Gastroenterologista, Médico Ginecologista e Obstetra, Médico Hematologista, Médico Infectologista, Médico Intensivista, Médico do Trabalho, Médico Nefrologista, Médico Neonatologista, Médico Neuroencefalografista, Médico Neurocirurgia, Médico Neurologista Pediátrico, Médico Neurologista, Médico Ortopedista, Médico Patologista, Médico Pediatra, Médico Pediatra Intensivista, Médico Pneumologista, Médico Psiquiatra, Médico Psiquiatra Infantil, Médico Ultrassonografista e Médico Urologista (nível superior). As remunerações variam de R$1.030,26 a R$4.081,49.








Currículo tradicional vai sumir. Veja modelo que será mais usado
As transformações em curso no mercado de trabalho chegam – com certo atraso diriam recrutadores “moderninhos” – a um dos documentos mais tradicionais das seleções de emprego: o currículo
Sem passar por grandes mudanças há décadas no Brasil, a versão clássica do currículo vai ganhar novos dados profissionais e deixar de lado algumas informações.
Candidatos a estágio e trainee são os primeiros a entrar em contato e a adotar a novas formas de apresentação. Vídeos, links para redes sociais e outras plataformas digitais não são novidade nas principais seleções de jovens no mercado brasileiro.
Ficar de olho no que aconteceu na última e no que vem por aí na próxima temporada de trainees, por exemplo, pode trazer bons insights sobre o que deve ocorrer em outros níveis hierárquicos, segundo Lucas Oggiam, consultor da Page Personnel. Pesquisar as seleções em mercados internacionais, também.
“O currículo é um reflexo do que o entrevistador quer ver. Por isso é um jeito no Brasil, nos Estados Unidos é de outro, na Europa e na Ásia também”, diz Oggiam.
Confira o que vai entrar e o que vai sair no novo modelo de currículo:
1. Sem informações pessoais nem nome da universidade
Você já ouviu falar em currículo cego? É uma tendência mundial de mercado que elimina do currículo detalhes de gênero, raça, idade, nacionalidade, endereço.
Iniciais substituem o nome e até o endereço de email é adaptado para que não “denuncie” nenhuma informação pessoal do candidato.
Por aqui, esse tipo de ajuste no currículo para evitar interferência de preconceito no julgamento que um recrutador faz de um candidato, é raro, mas existe.


No Nubank por exemplo, uma parte da seleção é feita às cegas. “Empresas que estão pensando à frente consideram isso um avanço natural, mas ainda depende da mentalidade do gestor da vaga em si”, diz Oggiam.
Mudar a cultura da chefia no Brasil vai levar tempo, mas é caminho sem volta. Na França por exemplo, empresas com mais 50 funcionários são obrigadas por lei a usar o currículo cego. Na Holanda e no Reino Unido essa política também já ganhou força.
2. Sem fotos
Há quase uma década no mercado brasileiro de recrutamento, Oggiam ainda recebe currículos com foto. O espaço da imagem deve, desde já, ser substituído por links para redes sociais, como o LinkedIn, por exemplo.
“Não me recordo de nenhum recrutador, que hoje em dia tenha contratado alguém sem fazer uma pesquisa sobre o candidato no LinkedIn ou em outra rede social”, diz o consultor da Page Personnel.
3. Menos atribuições e mais resultados
Nas seleções tem importado menos a descrição das tarefas diárias de um profissional e mais os resultados atingidos por ele.
A tendência de o currículo destacar o que o profissional atingiu em vez de meramente descrever sua função na empresa começou nos Estados Unidos.
No Brasil, é algo que começou a se intensificar após a crise dos últimos anos, segundo Oggiam. “De uns dois a três anos para cá, as empresas têm buscado saber sobre os resultados que a pessoa teve ao longo da carreira”, diz.
4. Vídeos
Na seleção de jovens profissionais apresentações em vídeo já são uma realidade. E em quase todos os níveis hierárquicos, entrevistas por teleconferência são rotineiras em seleções de emprego.
Preparar material em vídeo como complemento para o seu currículo é uma estratégia que precisa começar a ser considerada com mais atenção pelos candidatos.
Embora Oggiam diga que não significam o fim do documento por escrito, arquivos em vídeo conseguem mostrar importantes diferenciais competitivos como a habilidade em comunicação, algo que salta aos olhos de qualquer recrutador. *Exame







MPF recorre de decisão que concedeu prisão domiciliar a Henrique Alves
O Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão da Justiça Federal no Rio Grande do Norte que concedeu prisão domiciliar ao ex-ministro e ex-presidente da Câmara, Henrique Eduardo Lyra Alves, dentro do processo relacionado à Operação Manus, na qual ele responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O político, no entanto, ainda continua preso na Academia de Polícia Militar, em Natal, por conta do mandado referente à Operação Sepsis, cujo processo tramita na Justiça Federal em Brasília.
Em seu recurso, o MPF alerta que a concessão da prisão domiciliar para Henrique Alves não se enquadra em nenhuma das hipóteses previstas no Código de Processo Penal e traz riscos à aplicação da lei, em decorrência da influência política que ainda possui o ex-ministro. A peça acrescenta que a decisão tomada pelo juiz da 14ª Vara Federal, Francisco Eduardo Guimarães – durante audiência no último dia 6 de fevereiro -, baseou-se em fundamentos equivocados.
A defesa solicitou a concessão de prisão domiciliar alegando que “as testemunhas de acusação ouvidas ‘inocentariam’ ou provariam a ‘inocência’ de Henrique Alves”, Para o MPF, este é um grande equívoco, sobretudo porque “não cabe a testemunhas, sejam de acusação, sejam de defesa, realizar juízo sobre a responsabilidade criminal ou a inocência de réus”.

Foram levantadas, durante as investigações, inúmeras outras provas, como dados sigilosos de natureza bancária e telefônica, além de documentos: “(…) a maior parte dos fatos narrados na denúncia trata do repasse de vantagens indevidas mediante doações eleitorais oficiais da OAS, cujas provas essencialmente são documentais e decorrentes de quebra de sigilo de dados telefônicos e bancários, não se baseando em testemunhas”.
Presente às audiências – O Código de Processo Penal detalha as hipóteses que permitem a substituição da prisão preventiva pela prisão domiciliar (ser maior de 80 anos ou estar extremamente debilitado por motivo de doença grave são algumas delas), porém em nenhuma se enquadra Henrique Alves. O juiz declarou, em sua decisão, que ele “(…) se encontra acometido de males que estão a exigir atenção médica constante, sendo submetido a exames médicos (…)”.
O MPF ressalta, contudo, que a defesa já obteve um acompanhamento semanal de psiquiatra e psicólogo, custeado pela família, e a única requisição de exames até então feita pelo médico do ex-ministro foi a coleta de sangue para análise laboratorial.
No ponto de vista do Ministério Público, a depressão da qual o réu alega sofrer – problema comum a presos em geral – não se caracteriza como uma “doença grave”, nem ele se encontra “extremamente debilitado”, tendo inclusive acompanhado normalmente as audiências de instrução. Somado a isso, a avaliação médica requisitada pela própria Justiça ainda nem foi realizada, não havendo laudo que respalde a concessão de prisão domiciliar
Influência – Durante a Operação Manus foi constatado que Henrique Alves, mesmo sem qualquer cargo público, continuava a exercer papel decisório junto ao Governo Federal, com nomeações e pedidos em geral. Já na Operação Lavat, desdobramento da Manus, interceptações telefônicas apontaram que, já preso, ele continuava acompanhando e orientando a atuação de parentes em busca do apoio de nomes como o do ex-presidente José Sarney, que poderiam vir a influenciar politicamente na revogação de sua prisão preventiva.
“Em casa, com acesso a diversos meios de comunicação e a novas tecnologias, não haverá como ter controle algum sobre a atuação articulada do preso sobre outros agentes públicos, outros acusados, testemunhas e auxiliares”, resume o Ministério Público Federal. O processo tramita na Justiça Federal sob o número 0805556-95.2017.4.05.8400. Caso o juiz não acate o posicionamento do MPF, o recurso deverá ser encaminhado para análise do Tribunal Regional Federal da 5ª Região. *BG



PRF registra 249 acidentes graves no feriado de carnaval com 87 mortos
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 249 acidentes graves e 87 óbitos nas rodovias federais desde a última sexta-feira (9). O balanço parcial da Operação Carnaval 2018 foi divulgado no dia  (14) pelo órgão. Os números são menores que os do ano passado, quando foram registrados 309 acidentes graves e 131 óbitos até a terça-feira de Carnaval.
A operação segue até a meia-noite de hoje com o reforço de policiamento em trechos e horários críticos nas rodovias federais, aqueles que registram maior incidência de acidentes e de flagrantes de condutas irregulares. O balanço final da Operação Carnaval foi divulgado no dia  (15).
Até 0h do dia 13, as equipes da PRF fiscalizaram 144 mil veículos, com o objetivo de verificar as principais condutas irregulares – ultrapassagens irregulares, excesso de velocidade, mistura álcool e direção, e falta de equipamentos de segurança. Foram autuados 1.497 motoristas por embriaguez ao volante, número 22% menor do que no mesmo período do ano passado, quando foram flagrados 1.914 motoristas embriagados até a terça-feira de Carnaval.
“Outro comportamento perigoso para os que estão nas rodovias e que ainda persiste é a ultrapassagem irregular, quer seja em locais proibidos ou em situações que não há possibilidades de ultrapassagem segura”, informou a PRF, em nota. Até meia-noite de ontem foram registradas 8.109 autuações por ultrapassagens irregulares, número 17% menor do que ano passado, “mas que ainda mostra uma frequência muito grande de um comportamento que pode definir a ocorrência de um dos acidentes mais letais, que é a colisão frontal”.
A Operação Carnaval 2018 é mais uma etapa da Operação RodoVida, que começou no dia 22 de dezembro de 2017 e se encerrará no dia 18 de fevereiro.






PGR se diz contra habeas corpus de Lula e defende prisão após segunda instância
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apresentou parecer contrário ao pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que havia recorrido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir uma eventual prisão. No documento, Dodge voltou a defender a possibilidade de prisão de condenados em segunda instância, caso de Lula, e destacou que mudar isso pode levar à volta da “percepção de impunidade”.
Em 2016, o STF decidiu que é possível prender um condenado em segunda instância. Até então, a norma era esperar o esgotamento dos recursos nos tribunais superiores, o que costumava arrastar a execução da pena. Este ano o tema pode ser rediscutido novamente e ter um resultado diferente, em razão de mudanças de posicionamento de alguns ministros.
— Exigir o trânsito em julgado após o terceiro ou quarto grau de jurisdição para, só então, autorizar a prisão do réu condenado, é medida inconstitucional, injusta e errada. Também favorece a impunidade e põe em descrédito a justiça brasileira, por perda de confiança da população em um sistema em que, por uma combinação de normas e fatores jurídicos, a lei deixa de valer para todos — destacou Dodge.
O relator do habeas corpus de Lula, ministro Edson Fachin, já tinha negado o pedido, mas levou o caso para análise do plenário do STF, que tomará a decisão final. Ainda não foi marcada a data do julgamento. Segundo Dodge, “o segundo grau de jurisdição é a última instância judicial em que as provas e os fatos são examinados”. Trata-se da “última oportunidade de contestar as provas e os fatos que o ligam ao crime”.
Para defender seu ponto de vista, ela lembrou que o sistema judicial brasileiro permite a apresentação de vários recursos. Impedir a execução da pena após segunda instância favorece inclusive a prescrição. “A sensação de impunidade e a descrença na Justiça em razão dessa constrangedora realidade são notórias”, arrematou.”O complexo sistema recursal permite que, na prática, o condenado só deixe de apresentar recursos quando se ‘conformar’ com a condenação, o que pode jamais ou tardar muito a acontecer. Por isso, há sempre a possibilidade de novos recursos contra as sucessivas decisões no curso da ação penal, impedindo o trânsito em julgado da decisão condenatória.”, destacou a procuradora-geral.
Em janeiro, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), com sede em Porto Alegre, confirmou condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro aplicada a Lula pelo juiz federal Sérgio Moro. E ainda aumentou a pena de nove para 12 anos. A defesa ainda pode apresentar um recurso chamado embargos de declaração ao TRF4, mas dificilmente isso mudará a decisão. Depois disso, já será possível determinar a prisão do ex-presidente. Assim, a defesa se antecipou e apresentou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que foi negado pelo ministro Humberto Martins, e depois ao STF. O objetivo é garantir que ele fique em liberdade enquanto puder recorrer aos tribunais superiores.
Dodge também apresentou um argumento técnico para se opor ao pedido da defesa. Há ainda um recurso apresentado pelos advogados pendente de análise no Superior Tribunal de Justiça (STJ), instância abaixo do STF. Assim, é preciso que se esgote a tramitação do caso no STJ para que aí sim o STF possa julgar a questão.“Enquanto o STJ não decidir o pedido feito naquele Habeas Corpus, não é possível abrir a jurisdição do Supremo Tribunal Federal, que consiste em examinar a decisão daquela Corte Superior”, opinou a procuradora-geral. *O GLOBO

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